Agente de jogadores: alvo fácil (2)
Faremos nesta coluna tantos capítulos quanto os necessários para desmistificar as constantes injúrias, insultos e acusações injustificadas que são dirigidas, aquando desta ou daquela crise, contra os agentes de jogadores. Porque deve um jogador ter um representante? Vamos esclarecer as dúvidas para começar a desmontar o ‘desconhecimento’.
A figura do empresário de futebol surgiu na década de 70, agregando num só profissional, o agente, intermediário, consultor, confidente. Antes já existia o agente do cantor, ator ou apresentador. Antes existia o agente imobiliário, bolsista, agente têxtil e o agente secreto. Todos antes de nós. Então qual é a diferença? Apenas o mediatismo do mágico desporto que é o futebol. Negociar-lhe bons contratos, promovê-lo junto de patrocinadores e marcas, ajudar a construir uma marca pessoal conhecida e sólida, consolidando os seus direitos. É a nossa tarefa para com os jogadores. Tudo constitui uma infinidade de etapas que se delegam a um representante para que o atleta se concentre apenas na carreira desportiva. O impacto mundial é cada vez mais importante, e a ANAF, consciente da evolução, está constantemente a informar os associados para que se especializem e acompanhem os tempos. Mas mais relevante à atual discussão é que os agentes não fazem parte das SADs ou dos clubes. Sendo assim, qual a sua responsabilidade nas contas dos mesmos? A que os dirigentes lhes quiserem dar! Isto aplica-se aos que dão lucro ( poucos ) e aos que têm prejuízo. Que alguém vislumbre que o real problema nunca esteve nos agentes. Na verdade, os agentes têm sido sim, os responsáveis por múltiplas e atarefadas soluções. Por muito que custe, o seu a seu dono. Mérito aos agentes … e os clubes que se organizem!