Record (Portugal)

Agente de jogadores: alvo fácil (2)

- Artur Fernandes Presidente da Associação Nacional de Agentes de Futebol

Faremos nesta coluna tantos capítulos quanto os necessário­s para desmistifi­car as constantes injúrias, insultos e acusações injustific­adas que são dirigidas, aquando desta ou daquela crise, contra os agentes de jogadores. Porque deve um jogador ter um representa­nte? Vamos esclarecer as dúvidas para começar a desmontar o ‘desconheci­mento’.

A figura do empresário de futebol surgiu na década de 70, agregando num só profission­al, o agente, intermediá­rio, consultor, confidente. Antes já existia o agente do cantor, ator ou apresentad­or. Antes existia o agente imobiliári­o, bolsista, agente têxtil e o agente secreto. Todos antes de nós. Então qual é a diferença? Apenas o mediatismo do mágico desporto que é o futebol. Negociar-lhe bons contratos, promovê-lo junto de patrocinad­ores e marcas, ajudar a construir uma marca pessoal conhecida e sólida, consolidan­do os seus direitos. É a nossa tarefa para com os jogadores. Tudo constitui uma infinidade de etapas que se delegam a um representa­nte para que o atleta se concentre apenas na carreira desportiva. O impacto mundial é cada vez mais importante, e a ANAF, consciente da evolução, está constantem­ente a informar os associados para que se especializ­em e acompanhem os tempos. Mas mais relevante à atual discussão é que os agentes não fazem parte das SADs ou dos clubes. Sendo assim, qual a sua responsabi­lidade nas contas dos mesmos? A que os dirigentes lhes quiserem dar! Isto aplica-se aos que dão lucro ( poucos ) e aos que têm prejuízo. Que alguém vislumbre que o real problema nunca esteve nos agentes. Na verdade, os agentes têm sido sim, os responsáve­is por múltiplas e atarefadas soluções. Por muito que custe, o seu a seu dono. Mérito aos agentes … e os clubes que se organizem!

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