Sprinters ficam em casa?
ç“Desde que a Volta passou a ser disputada quase toda a norte que os sprinters passaram a ter poucas oportunidades, mas este ano é extremo. Não deve haver um dia – talvez só a chegada a Castelo Branco –, para uma chegada em pelotão. Por isso, penso que as equipas não levarão os sprinters puros”, constata Filipe Cardoso, para quem o percurso que abaixo mostramos não deixa muitas dúvidas. “É aquele tipo de “SE DOIS OU TRÊS CANDIDATOS CHEGARAM JUNTOS NA TORRE E SENHORA DA GRAÇA, O CONTRARRELÓGIO DECIDIRÁ”
Volta em que os homens da geral não vão poder dizer ‘olha hoje é um dia tranquilo’. Com tanta montanha, se não estiverem atentos, podem deitar tudo a perder. Todos os quilómetros contam e quem vencer tem de chegar sempre na frente”. Com tanta dificuldades, que papel terá o contrarrelógio final, em Viseu? “A esta distância é difícil avaliar, mas pode decidir quem será o vencedor. Se dois ou três candidatos chegaram juntos na Torre e Senhora da Graça, também o deverão fazer nas restantes etapas, pelo que vai ser o último dia a decidir. Mas atenção que o contrarrelógio favorece os especialistas puros”, salvaguarda o ex-cilista, que em 2015 venceu na Senhora da Graça. “A primeira grande seleção será certamente na Torre, depois, dependendo do que ali acontecer, assim se jogarão as cartadas nos outros dias. A Guarda surge a seguir à Torre. Seria boa etapa para uma fuga. Já os últimos 20 quilómetros da etapa de Santo Tirso serão stressantes, pois a subida é explosiva e todos quererão entrar bem.”