Grandes picanhas e muita rambóia
Partilharam balneário no início da carreira e voltam a fazê-lo numa fase mais avançada. “Conhecemo-nos no Gil Vicente, quando jogámos juntos”, começou por relembrar Edinho. “Tínhamos um restaurante onde juntávamos as famílias e comíamos ao domingo. Grandes picanhas! Aquilo uniu-nos bastante e, numa época que não foi fácil, mostrámos esse companheirismo dentro de campo”, acrescentou”, com Mateus a recuar ainda mais uns aninhos.
“Eu já tinha ouvido falar do Edinho no Odivelas. ‘Há ali um gajo que marca muitos golos, que vai para o Sp. Braga e não sei o quê’.
Acabou por ser um exemplo. ‘Está aqui e vai para o Braga? Também quero!’ Ou seja, já tinha ouvido falar dele e só depois surgiu a oportunidade de jogar com ele”, recordou, garantindo que esta relação é muito maior do que o futebol: “Já fomos para vários países e a amizade continua a crescer. Sempre que nos encontramos é uma rambóia, as nossas famílias dão-se bem… é para a vida.”
Por outro lado, no frente-a-frente, foram 9 as partidas em que se enfrentaram, Edinho marcou mais golos (5 contra 2), mas Mateus ganhou mais (4 contra 1). Sem qualquer lembrança dos números destes confrontos, Mateus optou por relembrar um momento inesquecível. “No primeiro jogo que fizemos um contra o outro, um Boavista-Feirense, ele marcou um golo de pontapé de bicicleta e de pé esquerdo! Podia marcar de penálti ou de livre, mas foi logo de bicicleta. Que golaço”, recordou. Aproveitando esta história de ‘amor’, Record sugeriu duas alcunhas para esta dupla – Editeus e Matinho –, mas os craques, com muitas gargalhadas à mistura, acharam piada, mas optaram por ‘The Panthers’: “Isto vai ser como o Andy Cole e o Dwight Yorke.”