Record (Portugal)

Um Mundial contra dois títulos

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O Campeonato do Mundo de 2006 marcou a estreia de Angola no maior palco do futebol internacio­nal e Mateus teve a sorte de fazer parte dos palancas negras que tiveram essa oportunida­de de uma vida. Quis o destino que a estreia fosse contra Portugal.

“Houve dois momentos marcantes. Primeiro receber a convocatór­ia a confirmar que ia mesmo e, depois, a estreia contra Portugal, que é um país que me diz muito. Foi uma estreia boa, muitas emoções à flor da pele, dois países que falam português num palco gigantesco como aquele. Estava ali a jogar contra ídolos, Figo, Costinha, Deco, que só admirava pela televisão. O Cristiano estava a aparecer e já era uma super estrela”, lembrou, deixando claro que esse foi o melhor momento da carreira: “Sem dúvida!”

Por seu lado, Edinho é internacio­nal português, mas não teve a oportunida­de de participar numa grande competição. Contudo, ganhou uma Taça da Liga (2008) e uma Taça de Portugal (2011), títulos que Mateus não tem no currículo. Mas será que o Show Man trocava os seus troféus pela ida a um Mundial? “Não. Os títulos que conquistei foram com clubes de que gosto muito, Académica e V. Setúbal. Não trocava. Claro que sempre tive o sonho de representa­r a Seleção numa fase final. Não tive essa felicidade, estive muito perto no Mundial do Brasil, apresentei-me bem. Foi o que tinha de ser, mas orgulho-me de ter chegado à Seleção sem nunca ter jogado num grande.”

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