Record (Portugal)

Dinastia elétrica

Primeiro modelo 100% elétrico da submarca da Hyundai já está disponível em Portugal

- PAULO RENATO SOARES

çA Ioniq, submarca da Hyundai dedicada em exclusivo a modelos cem por cento elétricos, iniciou a dinastia com o lançamento do Ioniq 5. É um ‘crossover’ urbano, já está disponível em Portugal e a tecnologia escolhida pelo construtor coreano permite autonomia até 686 quilómetro­s. Construído a partir da nova plataforma E-GMP (que serve também o Kia EV6), este Ioniq 5 distingue-se de imediato pela configuraç­ão escolhida. Os ‘designers’ apostaram em carroçaria ‘crossover’, com linhas que procuram sugerir pujança e não hesitaram na ousadia das laterais esculpidas, completada­s por puxadores das portas embutidos. O exercício estético é feliz, distintivo e tem personalid­ade para fazer a diferença no trânsito urbano. As soluções encontrada­s para o interior, espaçoso e versátil na forma como os bancos dianteiros podem ser recuados, aproveitam o facto de não haver túnel da transmissã­o para quase eliminar a separação entre banco do condutor e banco do passageiro. O painel e instrument­os digital e o ecrã tátil (ambos com 12,3”) estão juntos em peça única, contêm toda a informação e conetivida­de – havendo ainda um ‘head-up display’ projetado no vidro dianteiro.

Num ambiente que respira tecnologia, deve sublinhar-se a boa posição de condução. Haverá alguma necessidad­e de habituação ao sistema de ‘infotainme­nt’, mas esse é apenas um pormenor. Uma vez ao volante, o condutor sabe que a autonomia pode variar entre os 686 km em cidade e os 481 em utilização combinada. Para chegar a estes valores num automóvel de tração traseira, a Hyundai utilizou bateria de 72,6 kWh de capacidade e tecnologia de 800 V. O mesmo é dizer que pode receber carga rápida em postos até 350 kW, o que significa tempos de ‘injeção’ para carregamen­to total não superiores a 56 minutos.

O Ioniq 5 é fácil de conduzir, tem a vantagem da insonoriza­ção dos ‘elétricos’ e os 217 cv de potência permitem chegar os 185 km/hora de velocidade máxima. Os modos de condução são selecionáv­eis no volante (ajuda à renegeraçã­o), que dispõe de patilhas para experiênci­a, digamos, mais real nas passagens de caixa. Os preços começam nos 51 mil euros e esse é um dos principais óbices. Mas a tecnologia ainda é particular­mente onerosa.

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