Um grito da cadeira
O judoca leonino Jorge Fonseca conquistou o terceiro lugar na sua categoria proporcionando a primeira medalha a Portugal nestes Jogos Olímpicos. Durante a cerimónia da consagração, ainda que desde o início tivesse como ambição a conquista do ouro, o atleta mostrou, com uma lágrima pelo meio, a sua enorme alegria pelo resultado alcançado.
O atleta, nascido em São Tomé e Príncipe, foi descoberto no desporto escolar pelo seu treinador Pedro Soares, e teve de lidar com muitos obstáculos no seu percurso, entre os quais um canco e até a Covid-19.
O psicólogo Albert Bandura, falecido esta semana, mostrou que as pessoas que
A ALIANÇA DE JORGE FONSECA COM O SEU TREINADOR DEVE SERVIR PARA NOS INSPIRAR
têm um forte sentido de eficácia, e que acreditam em si mesmas, tendem a ser capazes de aplicar melhor a sua atenção e energia e a lidar melhor com os obstáculos. Em alguns momentos, porém, precisamos de aceitar a crítica e o apoio dos que nos rodeiam e estimam. Jorge Fonseca, após a conquista do lugar no pódio, partilhou logo o seu sucesso com o treinador, que não abdicou de o incentivar e de o orientar na gestão da sua combatividade, quando necessário.
Muitas das imagens da realidade nas quais baseamos
as nossas ações são baseadas na experiência que adquirimos através da observação de outras pessoas, sem ter de passar pela situação real. O exemplo da aliança de Jorge Fonseca e do seu treinador deve servir para nos inspirar e fica-nos o grito que foi para dentro da arena: “Ainda há medalhas para ganhar!”