MEDALHA É SONHO BEM POSSÍVEL
Ivo Quendera destaca que estreia nos Jogos Paralímpicos resulta de 20 anos de trabalho
Tem 41 anos e nasceu praticamente num barco. Ivo Quendera está ligado à canoagem desde que se lembra e à canoagem adaptada desde 2002. São praticamente duas décadas a trabalhar com um objetivo que foi alcançado: ter atletas nos Jogos Paralímpicos. Vão estar dois em Tóquio – Norberto Mourão e Alex Santos – e o treinador não podia estar mais satisfeito.
“Esta é a prova do sucesso do trabalho que tem vindo a ser feito ao longo de todos estes anos para promover esta modalidade como um desporto inclusivo. É um processo que começou desde a base e tudo o que temos conseguido não é por acaso. Tem vindo a acontecer aos poucos, mas o que conquistamos é a ferro e fogo. Quando alcançamos um patamar, já não voltamos para trás, isso só mostra que está tudo muito bem sustentado”, começou por dizer o técnico nacional, lembrando que a presença no Rio de Janeiro esteve próxima. “Em 2014 iniciámos um processo de formação de treinadores e podíamos ter ido logo ao Brasil, mas o Norberto ficou de fora por apenas 7 milésimos. Não desistimos, aumentámos a aposta e os resultados estão aí.”
Em relação aos resultados, Quendera lembra que é um pouco ‘pé frio’, mas arrisca-se a sonhar
“QUANDO ALCANÇAMOS UM PATAMAR, JÁ NÃO VOLTAMOS PARA TRÁS. ISSO É EXCELENTE”, FRISA O TÉCNICO NACIONAL
alto. “Quando não digo nada os resultados são melhores, mas como estou confiante... Para o Alex, ir à final e trazer um diploma seria excelente. Uma vitória! Para o Norberto, já estou a contar com a final e, dentro dela, sei que ele tem capacidade para chegar às medalhas. Por isso, sim, que traga de lá uma ‘carica’”, atirou.
*