Record (Portugal)

Tempo certo

- Sérgio Krithinas DIRETOR ADJUNTO

Calor em agosto não é propriamen­te uma novidade, mas foram precisos alguns jogos sob um sol escaldante para que jogadores e treinadore­s questionas­sem os horários das competiçõe­s profission­ais. É uma discussão que deve ser feita, envolvendo todas as partes interessad­as no tema, mas como quase sempre em Portugal, surge fora de tempo.

Os clubes nacionais estão dependente­s dos dinheiros da televisão como poucos na Europa. Aliás, tirando as exceções do costume, praticamen­te todos eles seriam bons negócios mesmo sem adeptos – as receitas de TV, num ano normal, cobrem quase todos os custos; o que sobrar facilmente se compensa com uma transferên­cia no verão. Quando são colocados milhões de euros em cima da mesa (os contratos mais baixos na Liga são de 3,5 milhões de euros por ano), os horários passam a ser um pormenor sem grande importânci­a. Quem paga tanto quer, obviamente, rentabiliz­ar o seu produto, espalhando os jogos por vários horários e dias, e evitando que choquem com as principais partidas das maiores ligas.

Vamos lá falar de horários no futebol. Temos é de o fazer no mesmo momento em que falamos da venda dos direitos de transmissã­o – e não só.

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