Record (Portugal)

RICARDINHO

Apontado como reforço do Sp. Braga para 2021/22, o Mágico, de 35 anos, garante que só pensa no Mundial de futsal, que começa no dia 12 de setembro, na Lituânia. O objetivo passa por ajudar Portugal a chegar às medalhas

- JOAQUIM PAULO

OURO: O internacio­nal português merece que o Mundial lhe corra bem, depois do calvário que passou nos últimos cinco meses. Empe- nhou-se muito na recuperaçã­o, confessand­o ter vivido momentos difíceis.

Que antevisão faz deste Campeonato do Mundo?

RICARDINHO – Sinto estas competiçõe­s sempre da mesma maneira: como uma oportunida­de para fazermos melhor do que já fizemos. Neste Campeonato do Mundo temos uma oportunida­de única de jogar com os melhores. Quero tentar ser um exemplo dentro e fora do campo, enquadrado nesta família que é a Seleção Nacional. Como se costuma dizer, cada vez vou tendo menos balas para disparar e quero desfrutar ao máximo.

Este será mesmo o seu último Mundial?

R – Se quiser que jogue até aos 50 anos... Para mim está muito claro que vai ser o meu último Mundial mas não quero que o foco seja esse. A nossa meta é chegar às medalhas e é isso que quero, juntamente com este grupo que considero brutal. Temos na Seleção

“PARA MIM ESTÁ MUITO CLARO QUE VAI SER O MEU ÚLTIMO MUNDIAL, MAS NÃO QUERO QUE O FOCO SEJA ESSE”

jogadores com grande experiênci­a e outros que estão a aparecer. São jovens que em campo não parecem jovens, pois já têm experiênci­a. E temos de aproveitar este momento fantástico de todos e preparar-nos bem para chegarmos ao Mundial e estarmos prontos para o sucesso.

Num grupo que tem Tailândia, Marrocos e Ilhas Salomão, qual será o principal adversário?

R – Seremos nós! Temos de superar-nos e saber claramente quais os objetivos, respeitar os adversário­s, fazer uma boa análise – como fazemos sempre – e chegarmos lá preparados. Conhecemos as qualidades da Tailândia, de Marrocos e das Ilhas Salomão mas os nossos objetivos são grandes. Queremos preparar-nos da melhor maneira.

Coloca Portugal entre os favoritos à conquista do título?

R – Somos favoritos à nossa maneira. Só quem já ganhou um Mundial é que pode ser considerad­o favorito. Queremos sempre fazer melhor do que já fizemos mas não vivemos do passado. O nosso passado diz-nos que conseguimo­s, em 2000, o 3º lugar no Mundial da Guatemala. Estamos muito orgulhosos desse feito e dessa equipa mas entendemos que a Seleção Nacional não deve viver do passado, mas sim do presente e do futuro. Queremos renovar as conquistas e, nesse sentido, gostaríamo­s de chegar às medalhas.

‘Renovação’ também é uma palavra de ordem na Seleção...

R – Está a tornar-se mais difícil para o selecionad­or escolher porque há cada vez mais opções. Isso é bom sinal para a Seleção e mau sinal para o míster, que terá mais dificuldad­e em escolher um lote curto de atletas quando tem várias alternativ­as válidas. Tem sido uma renovação que é necessária e há uma mistura de juventude com experiênci­a que torna a equipa fenomenal. Ninguém tem lugar cativo. Vamos passando e cabe-nos acolher da melhor maneira os jovens porque eles é que vão ser o futuro.

E qual será o futuro do Ricardinho depois do Mundial?

R – O meu futuro será analisado depois. Agora tenho de me focar apenas no espaço da Seleção Nacional, pois foi para isto que trabalhei nos últimos quatro meses e meio. Tive de tomar a decisão de ser operado, pois podia ter tentado finalizar a temporada com a lesão, mas foquei-me tanto neste Campeonato do Mundo que não quero perder tempo com outras coisas que, depois, vão surgir naturalmen­te.

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