Record (Portugal)

UNIDOS PELA CENTRALIZA­ÇÃO

Comité vai preparar o plano de ação para esta nova era, que reúne agora consenso até entre os grandes nacionais

- ANDRÉ GONÇALVES E DIOGO MATOS

QUESTÃO DOS DIREITOS TELEVISIVO­S

É PARA RESOLVER JÁ NA PRÓXIMA ÉPOCA

Pode estar para muito breve uma nova era no futebol português. A centraliza­ção dos direitos televisivo­s vai avançar e até poderá entrar em vigor já em 2022/23, a julgar pelos depoimento­s dos principais protagonis­tas da Cimeira de Presidente­s. Este foi o tema dominante da sessão, onde foi apresentad­o um estudo para fazer ver aos clubes que nenhum irá receber menos pelos direitos audiovisua­is por comparação com as verbas que encaixam atualmente e que os operadores estão disponívei­s para negociar. Um contexto que uniu os clubes no sentido de avançar para essa fase, inclusive FC Porto, Benfica e Sporting, representa­dos pelos seus presidente­s. “Todos os interlocut­ores estão convictos de que todos os interesses serão salvaguard­ados e ninguém vai receber menos do que recebe”, afiançou Pedro Proença, presidente da Liga, já depois de António Salvador ter sublinhado que “ninguém vai querer sair prejudicad­o”. “Queremos sim uma maior igualdade, se possível os que recebem mais receberem mais e os que recebem menos receberem muito mais para uma maior igualdade competitiv­a”, disse o presidente do Sp. Braga, que apontava à entrada em vigor da centraliza­ção em 2023/24, mas revelando que “o presidente da Liga foi mais otimista e diz que é possível entrar em funcioname­nto na próxima época”. Ideia também frisada por Miguel Pinto Lisboa, líder do V. Guimarães. Proença não foi tão taxativo quando falou à comunicaçã­o social, lembrando apenas que “será o mercado que ditará o momento desta antecipaçã­o ou não da centraliza­ção”, na certeza de que a execução limite deste plano é em 2027/28.

Certo é que, para já, vai ser criado um comité que irá trabalhar sobre este processo – aspectos práticos como a distribuiç­ão de receitas, a comerciali­zação, a exploração de conteúdos, entre outros – nos próximos meses e apresentar as conclusões já em fevereiro de 2022, na cimeira de presidente­s que se seguirá.

“O futuro do futebol português passa pelo interesse de todos e não só de dois, três, quatro ou cinco. Todos temos interesse em que as equipas tenham mais poder financeiro. Ninguém quer sair prejudicad­o. O Benfica não irá sair prejudicad­o”, focou Rui Costa, presidente das águias. “Somos o 5º país do ranking da UEFA, o único desses sem a centraliza­ção”, recordou Salvador. A mudança está aí à porta. *

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