Record (Portugal)

“Continuo a ir de boleia para os treinos”

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Renovou em outubro de 2019 (até 2025) e voltou a renovar (para melhorar o salário) em novembro de 2020. Já foi convidado para fazer um novo contrato?

GI – Deixo esse tipo de questões para o meu empresário [Miguel Pinho]. Ele é que trata desses assuntos. O meu foco é dar o meu melhor pelo Sporting e ajudar ao máximo dentro de campo.

Vê-se a jogar muitos anos ainda no Sporting ou acredita que lhe pode aparecer uma oportunida­de como a Nuno Mendes?

GI – O meu grande sonho sempre foi jogar pela equipa principal do Sporting. Jogar pelo meu clube foi algo que eu sempre desejei. Sou sportingui­sta desde pequeno e essa foi sempre a minha ambição. Não penso muito no futuro, o que quero agora é ajudar a equipa.

Mas jogar numa grande liga é um objetivo de carreira?

GI – Já estou numa grande Liga. O campeonato português está a crescer, recentemen­te ultrapassá­mos a França no ranking. Temos de valorizar mais o nosso futebol pois existe muito talento. As equipas são cada vez melhores.

Segue outros campeonato­s?

GI – Sim, gosto de ver futebol pela televisão. Acompanho vários campeonato­s, desde Espanha, Inglaterra, Itália, Alemanha… Mas a nossa Liga também é muito forte.

Começou a jogar futebol aos 4 anos. Foi por influência do seu pai, de outros familiares?

GI – Sim, também. Eu sempre quis jogar e estava com os meus amigos. Era a combinação perfeita.

E porquê a Escola de Futebol Fernando Chalana?

GI – Porque era onde estavam os meus amigos e perto de casa.

Jogava no ringue da Casa Amarela. Ainda guarda amizades dessa altura?

GI – Claro. Moro no mesmo sítio e tenho os meus amigos comigo. Damo-nos muito bem.

Foi sempre central ou experiment­ou outras posições?

GI – Na formação cheguei a jogar a defesa-esquerdo. Passei para central mais tarde, mas foi uma adaptação fácil.

Acha que podia dar um bom médio-centro?

GI – Não sei. Jogo onde o treinador achar que posso ser mais útil.

Chegou a fazer testes no Benfica antes de ir para o Almada. Porque é que não ficou lá?

GI – Sinceramen­te, não me recordo por que não fiquei.

Dois anos depois de chegar ao Almada, saiu para o Sporting, em 2012. Como é que surgiu essa oportunida­de?

GI – Lembro-me que uma pessoa do Sporting veio falar comigo e com os meus pais para ir treinar a Alcochete. O Sporting era o meu clube e fiquei muito feliz pela oportunida­de.

Como o seu pai não podia levá-lo a Alcochete, as deslocaçõe­s não eram fáceis...

“JOGAR PELO MEU CLUBE FOI ALGO QUE EU SEMPRE DESEJEI. SOU SPORTINGUI­STA DESDE PEQUENO E FOI SEMPRE A MINHA AMBIÇÃO”

GI – Sim, é verdade. Eram viagens longas, demorava mais de uma hora a chegar à Academia. Mas todo esse esforço compensou, pois consegui atingir o meu objetivo de chegar à equipa A.

A propósito de viagens, já tem exame de condução marcado?

GI – Ainda não tenho carta, estou a tirar. É um assunto que tenho de resolver (risos). Para já continuo a ir de boleia para os treinos.

No Sporting teve uma lesão grave nos sub-17. Pensou que podia ter de deixar de jogar futebol?

GI – Foi um momento difícil. Uma lesão é o pior que pode acontecer a um jogador. Mas felizmente tive muito apoio da minha família e dos meus colegas de equipa. Todos no Sporting ajudaram-me muito a superar esse momento.

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NA ACADEMIA. Gonçalo Inácio respondeu às questões de Record

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