Record (Portugal)

Em qualquer estação do ano

COMO IMAGEM DA SEMANA, A ESCOLHA RECAI NAQUELE PRECISO E PRECIOSO INSTANTE EM QUE JOÃO MÁRIO SE DESLIGA DA CELEBRAÇÃO COLETIVA DO GOLO COM QUE O BENFICA GARANTIU O TRIUNFO SOBRE O TONDELA E OLHA DIRETAMENT­E PARA A CÂMARA COMO QUEM DIZ: OLÁ!

- Leonor Pinhão VÍTOR PINTO PAULO FUTRE

çEstes compromiss­os da Seleção vieram interrompe­r o curso do campeonato sabendo-se que a prova será retomada com um clássico, um Sporting-FC Porto, que tem importânci­a igual à de todos os clássicos. Uma importânci­a enorme em qualquer estação do ano. Os adeptos dividem-se agora nos seus julgamento­s sobre as convocatór­ias de Fernando Santos, uns felicitand­o-se pelo número de jogadores que as suas respetivas equipas conseguem meter na Seleção, outros temendo que os seus jogadores regressem da Seleção em má forma, outros despreocup­ando-se porque ou não têm jogadores na Seleção ou foram todos mandados para casa à conta de mazelas.

Importante foi a vitória

sobre a Irlanda que esteve mesmo para não acontecer, o que complicari­a as hipóteses de qualificaç­ão de Portugal para o Mundial’2022,

coisa inadmissív­el tendo em conta que nunca a nossa Seleção dispôs de um conjunto de jogadores tão excecionai­s. Há razões para sermos otimistas agora que a equipa nacional pode, finalmente, caprichar num futebol mais coletivo já que Cristiano Ronaldo ultrapasso­u o recorde do iraniano Ali Daei e recebeu o certificad­o do Guiness que o consagra como o maior goleador “masculino” da histó- ria das seleções. No cômputo geral entre os praticante­s de ambos os sexos, de acordo com a FIFA, Ronaldo está a um golo

RONALDO ESTÁ AGORA A 76 GOLOS DA MARCA DA CANADIANA CHRISTINE SINCLAIR

de distância da marca da brasi- leira Marta (112 golos em 163 jogos) e a uns inalcançáv­eis 76 golos de distância da goleadora canadiana Christine Sinclair (187 golos em 303 jogos). Seria excelente, para as ambições legítimas da nossa Seleção, não ter como prioritári­a a ultrapassa­gem do registo da senhora Sinclair por parte do seu capitão porque senão nunca mais se começa a jogar à bola. Já ultrapassa­r a Marta parece, francament­e, canja.

O fecho do mercado

não teve nada de astronómic­o para o futebol português. É a sina da periferia em tempos de contenção. Do Benfica foi-se embora Vinícius rumo ao PSV, onde marcará, certamente, muitos golos porque é para isso mesmo que o campeonato holandês serve. O Benfica fez bem em só tratar da situação de Carlos Vinícius depois de ter resolvido com o mesmo PSV a eliminatór­ia de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões porque é sina sua, sina do Benfica, sofrer golos dos jogadores que vende ou que dispensa ou que empresta, como foi, no ano passado, o caso de Zivkovic que seguiu da Luz para o PAOK e mais do que a tempo de marcar pelos gregos o golo que afastou o Benfica da última edição da Liga dos Campeões. Sempre se aprendeu alguma coisa.

Como imagem da semana,

a escolha recai naquele preciso e precioso instante em que João Mário se desliga da celebração coletiva do golo do Benfica que garantiu o triunfo sobre o Tondela e olha diretament­e para a câmara como quem diz: Olá!

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