A lista de Rui Costa
A palavra continuidade marcará o léxico benfiquista nas próximas semanas. Apesar de vencedor anunciado, caberá a Rui Costa escolher se o ‘vieirismo’ impregnado nos atuais órgãos sociais e nos mais altos funcionários do clube irá subsistir. Tenha ou não adversários no próximo ato eleitoral, e independentemente do peso deles, as ligações ao anterior presidente estarão sempre na ordem do dia. Os opositores, seja imediatamente antes da ida às urnas ou nos comentários nos média, vão utilizar quase invariavelmente uma narrativa sustentada nas relações entre o antigo e, tudo indica, o futuro líder dos encarnados.
Contando com a solidariedade
de todos neste escasso período de presidência ‘interina’ e ‘experimental’, Rui Costa estará com um dilema. Se mantiver parte substancial da equipa, terá sobre ele o rótulo da continuidade e da conivência, consciente ou não, com atos que estão sob a alçada da Justiça. Se fizer rolar cabeças e optar por uma ‘remodelação governamental’ profunda, estará, voluntária ou involuntariamente, a denunciar ervas daninhas, identificando dirigentes, que, para a opinião pública, interpretaram o lado mais obscuro do ‘vieirismo.’
Não é nada
fácil, nesta altura, ser presidente do Benfica.