CLÁUDIA NETO
Aos 33 anos, a capitã anuncia a retirada após fazer 135 jogos e 19 golos pela equipa nacional
BRONZE: Aos 33 anos, após 135 internacionalizações e 19 golos, a jogadora algarvia retira-se da Seleção Nacional, em que ajudou a transformar mentalidades. Foi uma honra, Cláudia. Portugal agradece.
Fim da linha para Cláudia Neto. Aos 33 anos, a capitã anunciou a retirada da Seleção Nacional após 135 internacionalizações – 167 contabilizando os escalões mais jovens – e 19 golos marcados, num percurso iniciado a 9 de março de 2006 frente à República da Irlanda. “Foi uma honra, Portugal! Agradeço todo o apoio e carinho que recebi ao longo destes anos em que representei Portugal. Obrigada a todas as minhas colegas com quem, ao longo destes 17 anos, tive o prazer de partilhar balneário, vitórias, derrotas e tantos momentos felizes, bem como a todos os treinadores que fizeram parte do meu percurso”, escreveu a médio. Superada apenas por Carla Couto (146 internacionalizações), Cláudia Neto contribuiu para o apuramento histórico de Portugal para a fase final do Campeonato da Europa de 2017. Atualmente na Fiorentina, foi nomeada por várias vezes para a lista das 100 melhores jogadoras do Mundo. Conquistou três campeonatos e duas Taças na Alemanha (com o Wolfsburgo), mais dois campeonatos e duas taças na Suécia (Linköpings). Comparada a Ronaldo por ter
“FOI UMA HONRA PORTUGAL”, ESCREVEU A MÉDIO QUE JOGA NA FIORENTINA APÓS BRILHAR NA ALEMANHA E SUÉCIA
o número 7 e a braçadeira da Seleção, a algarvia começou a jogar futsal aos 10 anos no União de Lagos. O sonho de ser futebolista consumou-se aos 18 anos com o salto para Espanha, assinando pelo Prainsa Zaragoza. Chegou ao Espanyol e depois rumou à Suécia, Alemanha e agora cumpre a segunda época em Florença, mas quer terminar a carreira em Portugal. O presidente da FPF, Fernando Gomes, manifestou “genuíno apreço pela forma frontal” como a jogadora lhe anunciou a decisão. “As suas 135 internacionalizações e os 19 golos não conseguem, apesar do brilhantismo, fazer justiça ao seu legado”, frisou, acrescentando: “Alavancou a transformação do futebol feminino e inspirou várias gerações de jogadoras a tornarem-se melhores.”
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