João Mário quanto baste
Fernando Santos operou uma completa revolução no onze. Uma nota importante vai para a estreia (com pé direito) de Otávio, que deixa o seu cunho neste jogo, ao marcar o segundo golo do encontro. Relativamente aos minutos iniciais, foi latente algum desacerto ao nível do passe da equipa das quinas, muito provavelmente fruto das diversas mexidas, o que levou a que as relações sectoriais e intersectoriais se tornassem mais ‘escassas’. Este desacerto teve como consequência algumas perdas de bola perigosas que se consubstanciaram em contra-ataques e ataques rápidos do Qatar – sendo os três primeiros remates do jogo da autoria da seleção qatari, um ao poste – , também a defender bem com linhas muito próximas.
Não obstante Portugal ter
maior posse de bola e ocupar espaços mais avançados no terreno, circulava a bola de forma lenta, não criando grandes sobressaltos à equipa adversária. Com o decorrer da primeira parte, Portugal foi consolidando o seu jogo, destacando-se, nesta fase, João Mário, o qual foi sendo sempre uma opção segura para os seus colegas, para receber entre linhas ou para dar uma linha de passe mais recuada ao portador da bola. [1 e 2]. Partiu igualmente de João Mário o cruzamento que originou o primeiro golo da Seleção, participando, também, no segundo, ao efetuar o passe que permitiu o cruzamento de Guedes para a finalização de Otávio. No final da primeira parte, o Qatar viu o seu guarda-redes expulso por uma falta imprudente sobre Guedes que ficaria isolado.
O jogo recomeçava com ambas as seleções dentro do mesmo registo, ou seja: o Qatar a defender com linhas juntas – agora ainda mais baixas no terreno, mais pelo facto de estar com menos um jogador em campo, do que pela pressão imposta pelo adversário; Portugal com mais bola, mas com uma velocidade de circulação baixa e com poucas ideias.
Aos 58’, Fernando Santos fez as
primeiras alterações, saindo André Silva e Moutinho para a entrada de Jota e Bruno Fernandes.
Ao minuto 60, num canto a favor, o Qatar acabaria por marcar o seu único golo, numa clara falha de marcação por parte da defesa nacional, que permitiu a entrada de dois jogadores na zona central, com tempo e espaço para finalizar… Hassan cabecearia com sucesso para o 1-2 [3]. Alguns rasgos individuais dos portugueses iam colocando em sobressalto a defesa adversária. Num jogo já com pouca história, Diogo Jota acabaria por sofrer um penálti, convertido com êxito por Bruno Fernandes, fixando o marcador.