Record (Portugal)

NORBERTO MOURÃO

Norberto Mourão conquista a medalha de bronze em 200m VL2 nos seus primeiros Jogos

- ‹ FILIPE BALREIRA›

BRONZE: O canoísta de Vila Real conquistou o bronze nos 200 metros VL2 dos Jogos Paralímpic­os. Prémio justo para quem sempre lutou e nunca deixou de acreditar que o seu dia de glória chegaria. Bravo!

Costuma-se dizer que por um segundo se perde e por um segundo se ganha... e a verdade é que Norberto Mourão já sentiu bem essa situação na pele. Após ter falhado por apenas 7 milésimos a qualificaç­ão para os Jogos Paralímpic­os do Rio’2016, o português, de 40 anos, viveu agora o reverso da medalha na estreia em Tóquio’2020, ao conquistar o bronze. Foram só 316 centésimos que separaram Norberto Mourão do 4º classifica­do (Igor Korobeynik­oda) na final dos 200 metros VL2, permitindo a realização do sonho. Na prova decisiva, o canoísta natural de Vila Real, que chegou ao Japão como campeão europeu e vice-campeão mundial, completou o percurso em 55,365 segundos, garantindo o 3º lugar. Numa corrida controlada pelo brasileiro, Paulo Rufino, que terminou em 53,077, Mourão arrancou forte, fixando-se no 2º posto até 50 metros do fim, onde acabou por ser ultrapassa­do pelo norte-americano, Steven Haxton. Após a final, o luso mostrou-se completame­nte “estoirado”.

“Estou radiante com o resultado alcançado. Mesmo muito feliz. É o culminar do trabalho realizado desde 2011. Confirma a aposta que fizemos na canoagem. É o melhor ano de sempre a nível desportivo! Já tinha sido um ano excelente em 2019 e agora está a ser fantástico. E ainda não acabou”, analisou, apontando já baterias para o Campeonato do Mundo, que inicia daqui a três semanas em Copenhaga.

Apurado diretament­e para a final dos 200 metros VL2, após ter sido 1º na sua eliminatór­ia da qualificaç­ão, Norberto Mourão confessou que teve alguma vantagem na recuperaçã­o para a prova decisiva. Os adversário­s competiram nas meias-finais pouco mais de uma hora antes da final, mas Norberto esperava, na mesma, dificuldad­es. “Deu-me vantagem pois não iria estar tão cansado. No entanto, foi difícil. Sabia que tinha de gerir bem a prova. Foi arrancar a matar e acabar a morrer. Acabei a dar o estoiro. Mas consegui este exce- lente resultado e só tenho de es- tar feliz”, vincou.

“É O MELHOR ANO DE SEMPRE! NA PROVA FOI ARRANCAR A MATAR E ACABAR A MORRER”, FRISOU O CANOÍSTA DE 40 ANOS

Conselhos de Pimenta

Amigo e colega de treinos do me- dalhado olímpico, Fernando Pi- menta, Mourão assumiu que re- cebeu conselhos do compatriot­a para a final. “Temos uma cum- plicidade bastante grande. Recebi alguns conselhos do Pimenta e do treinador [Hélio Lucas] para a final. Damos apoio uns aos outros. Esse é mesmo o espírito dos portuguese­s e lutamos pelo nosso país”, concluiu. *

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BRONZE. Canoísta natural de Vila Real exibe com orgulho a medalha de bronze
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