“Será dos melhores dos últimos anos”
Pedro Correia, ‘Ró-Ró’ como alcunha no futebol, nasceu em Portugal e vive no Qatar desde 2010. Já passou mais de uma década, mas o defesa com passagem pela formação do Benfica quer prolongar a estadia, não se arrependendo da decisão de se naturalizar – joga na seleção qatari desde 2016
– e acredita no sucesso do Mundial, apesar de todas as dúvidas e polémicas. “É um país seguro para mim e para a minha família. Quem vier a Doha vê que é uma cidade acolhedora. Os qataris colocam-te à vontade e as pessoas adaptam-se. Vivo com a minha esposa, o meu filho de quatro anos e vou ser pai novamente. Estou no Qatar há quase 12 anos e quero continuar”, faz questão de salientar em declarações a Record.
O português tem vivido por dentro a evolução do futebol qatari e assegura que o Campeonato do Mundo do próximo ano promete destacar-se. “O entusiasmo dos habitantes do Qatar existe desde que o país foi escolhido como organizador do Mundial. Há uma ansiedade de todos para que chegue o momento. Estão a ser construídos grandes estádios e outras infraestruturas. Por isso, acredito que será um dos melhores Mundiais dos últimos anos e uma experiência inesquecível para os jogadores e para os adeptos que vão assistir”, antevê o defesa de 31 anos que alinha no Al Sadd – como sénior, passou pelo Farense e pelo Aljustrelense, rumando depois ao Al-Ahli Doha, onde esteve cinco épocas antes de chegar ao atual clube.
Nova mentalidade
Quem também está no Qatar é o treinador português Rui Capela, que destaca igualmente a existência uma maior abertura por parte da população qatari em relação a pessoas de fora do país. Isto perspectivando já a chegada dos muitos estrangeiros que esperam para assistir ao Mundial, no inverno de 2022. “A mentalidade é diferente. Dou um exemplo: quando cheguei, era necessária autorização do clube para sair do país. Isso foi abolido”, salienta. O entusiasmo qatari torna-se ainda evidente no facto de o Comité Organizador ter recebido um total de 371 mil candidaturas aos lugares de voluntários durante a prova. Um programa que pretende recrutar e preparar ‘apenas’ 20 mil elementos para ajudar ao desenrolar da competição do próximo ano, dentro e fora dos estádios.
“HÁ UMA ANSIEDADE DE TODOS PARA QUE CHEGUE O MOMENTO”, ADMITE O DEFESA DE ORIGEM PORTUGUESA