NORONHA CONTESTA PROCESSO ELEITORAL
Candidato em 2020 alega que ainda é visível “a pior face do Vieirismo” e fala em “tacticismos”
João Noronha Lopes quebrou o silêncio para condenar a forma como o processo eleitoral está a ser gerido. Sem formalizar se vai ou não ser candidato, o empresário alegou “que a pior face do Vieirismo continua bem presente, na atual Direção e neste presidente da MAG”, sentindo que a marcação das eleições, de 9 de outubro, aconteceu “ao sabor “dos resultados desportivos.” O candidato derrotado em 2020 disse que não há tempo para um “debate alargado”, mesmo que em julho, em entrevista à TVI, tenha defendido “que as eleições devem ser marcados o mais cedo possível.”
“DESENGANE-SE QUEM PENSE QUE A SAÍDA DE VIEIRA FEZ REGRESSAR A CULTURA DEMOCRÁTICA AO BENFICA”
“Desengane-se quem pensa que a saída de Luís Filipe Vieira fez regressar a cultura democrática ao Benfica”, começou por dizer. “Um ato eleitoral não se planeia com taticismos delineados ao sabor de resultados desportivos e a democracia não se cumpre porque alguém respeitou uns prazos”, referiu.
Em alusão ao Regulamento Eleitoral, que sairá da Assembleia Geral, de 17 de setembro, Noronha Lopes queixou-se ainda que “as regras serão anunciadas, na melhor das hipóteses, a três semanas do ato eleitoral.” No comunicado publicado nas redes sociais, o gestor acrescentou que fica afastada “deliberadamente a possibilidade de um debate alargado e esclarecedor e omite-se a possibilidade de reflexão sobre os motivos pelos quais se chegou aqui e sobre as formas de evitar que situações idênticas se repitam.”
Tal como o nosso jornal noticiou na edição de 3 de setembro, Noronha Lopes considera ter poucos dias para reunir uma lista para todos os órgãos sociais que considere forte e credível e tem sido aconselhado a não se
chegar à frente nas atuais condições. Ontem, o empresário aproveitou para fazer um apelo. “O Benfica tem que deixar de tratar os momentos mais importantes da sua vida institucional como se fossem meras formalidades. O respeito pelo clube mede-se em momentos como este”, apontou Noronha, que, contra Vieira, teve 34,71 por cento dos votos.
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