Mais olhos que barriga
A cena surreal que vimos ontem no Brasil-Argentina expõe as fragilidades de uma organização poderosíssima como a FIFA perante decisões de governos nacionais. Da mesma forma que nada pôde fazer para obrigar os clubes da Premier League cederem jogadores às seleções dos países da lista vermelha, agora vê um jogo de qualificação para o Mundial, ainda por cima um sempre escaldante Brasil-Argentina, ser interrompido por ação da autoridade de saúde brasileira. Com um calendário sobrecarregadíssimo, que levou ao aumento de jogos em cada paragem internacional, torna-se difícil de imaginar onde se possa encaixar a partida que devia ter ocorrido ontem em São Paulo. Nos intervalos da confusão, a FIFA, através de porta-vozes oficiosos, procura convencer toda a gente que o melhor é mesmo organizar Mundiais a cada dois anos. Contando, claro, com os jogadores contratados e pagos a peso de ouro pelos clubes – assim fica mais barato.
As eleições do Benfica foram marcadas há cinco dias e já estão a dar que falar. Rui Costa vai ser eleito, seguramente por larga margem, no dia 9 de outubro. As várias oposições já o perceberam, pelo que será interessante perceber quem se chega à frente. Mesmo que seja, para usar uma expressão de Braz Frade, para segurar o andor.