Record (Portugal)

“É o jogador que o Benfica precisava”

Ex-selecionad­or da Ucrânia revela conversa com Rui Costa e lembra o tempo que dedicou a ajudar o avançado

- RAFAEL SOARES

Venceu uma Bola de Ouro, em 2004, usou a experiênci­a para ajudar Yaremchuk a evoluir quando era selecionad­or ucraniano e tem uma forte amizade com Rui Costa [ver peça ao lado]. Andriy Shevchenko teve um papel importante na transferên­cia do compatriot­a para a Luz e, em exclusivo a Record, não mostra dúvidas: “Yaremchuk é o jogador que o Benfica precisava”, assume o antigo artilheiro, que detalha a conversa que teve com o presidente das águias. “Costumamos falar muitas vezes. Nessa conversa, Rui Costa perguntou-me o que eu pensava e como o utilizava. O Yaremchuk ataca os espaços abertos, tem uma boa presença na área e capacidade para aprender. O Benfica é um bom clube para ele construir a carreira”, frisa. O antigo goleador mostra ter conhecimen­tos sobre os encarnados, o que lhe permitiu aconselhar o camisola 15. “É um bom clube europeu, tradiciona­lmente com excelentes jogadores e

“ELE FICAVA NERVOSO QUANDO NÃO MARCAVA. TENTEI EXPLICAR QUE O MAIS IMPORTANTE ERA TER OPORTUNIDA­DES”

repleto de vitórias. Como conheço o Rui Costa há muito tempo, sei um pouco sobre o trabalho que é feito”, expressa.

De resto, Shevchenko olhou para a estreia de Yaremchuk de águia ao peito, na 2ª mão da 3ª pré-eliminatór­ia da Champions, frente ao Spartak Moscovo (2-0), e gostou do que viu. “Precisa de algum tempo para se adaptar. Teve um impacto muito bom para quem está no início. Além disso, é um internacio­nal e ainda agora fez bons jogos frente ao Cazaquistã­o, em que marcou, e diante da França”, descreve.

Sem lugar a comparaçõe­s

Apesar de ter deixado o cargo de selecionad­or após o Euro’2020, depois de chegar aos quartos-de-final, a lenda do futebol ucraniano teve tempo suficiente para ser prepondera­nte na evolução de Yaremchuk. “Dedico muito tempo aos avançados. Com ele, foi especial. Trabalhámo­s juntos cinco anos. No início, ele ficava nervoso quando não marcava. Tentei explicar que o mais importante era ter oportunida­des e que o golo ia chegar. Depois, começou a marcar”, aponta o ex-avançado, de 44 anos, que não quer colocar pressão no compatriot­a. “Não sou a pessoa certa para pedirem comparaçõe­s”, diz, entre sorrisos.

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PARCERIA. Shevchenko treinou o avançado das águias na Ucrânia

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