“É o jogador que o Benfica precisava”
Ex-selecionador da Ucrânia revela conversa com Rui Costa e lembra o tempo que dedicou a ajudar o avançado
Venceu uma Bola de Ouro, em 2004, usou a experiência para ajudar Yaremchuk a evoluir quando era selecionador ucraniano e tem uma forte amizade com Rui Costa [ver peça ao lado]. Andriy Shevchenko teve um papel importante na transferência do compatriota para a Luz e, em exclusivo a Record, não mostra dúvidas: “Yaremchuk é o jogador que o Benfica precisava”, assume o antigo artilheiro, que detalha a conversa que teve com o presidente das águias. “Costumamos falar muitas vezes. Nessa conversa, Rui Costa perguntou-me o que eu pensava e como o utilizava. O Yaremchuk ataca os espaços abertos, tem uma boa presença na área e capacidade para aprender. O Benfica é um bom clube para ele construir a carreira”, frisa. O antigo goleador mostra ter conhecimentos sobre os encarnados, o que lhe permitiu aconselhar o camisola 15. “É um bom clube europeu, tradicionalmente com excelentes jogadores e
“ELE FICAVA NERVOSO QUANDO NÃO MARCAVA. TENTEI EXPLICAR QUE O MAIS IMPORTANTE ERA TER OPORTUNIDADES”
repleto de vitórias. Como conheço o Rui Costa há muito tempo, sei um pouco sobre o trabalho que é feito”, expressa.
De resto, Shevchenko olhou para a estreia de Yaremchuk de águia ao peito, na 2ª mão da 3ª pré-eliminatória da Champions, frente ao Spartak Moscovo (2-0), e gostou do que viu. “Precisa de algum tempo para se adaptar. Teve um impacto muito bom para quem está no início. Além disso, é um internacional e ainda agora fez bons jogos frente ao Cazaquistão, em que marcou, e diante da França”, descreve.
Sem lugar a comparações
Apesar de ter deixado o cargo de selecionador após o Euro’2020, depois de chegar aos quartos-de-final, a lenda do futebol ucraniano teve tempo suficiente para ser preponderante na evolução de Yaremchuk. “Dedico muito tempo aos avançados. Com ele, foi especial. Trabalhámos juntos cinco anos. No início, ele ficava nervoso quando não marcava. Tentei explicar que o mais importante era ter oportunidades e que o golo ia chegar. Depois, começou a marcar”, aponta o ex-avançado, de 44 anos, que não quer colocar pressão no compatriota. “Não sou a pessoa certa para pedirem comparações”, diz, entre sorrisos.
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