Record (Portugal)

“Perder pontos não se coloca”

Selecionad­or utiliza vitória pela margem mínima com o Azerbaijão, em março, como aviso para o que Portugal deve e não deve fazer

- BAKU. AZERBAIJÃO DAVID NOVO E VÍTOR CHI

çEm março, Portugal defrontou o Azerbaijão e venceu por 1-0, com um autogolo de Medvedev, num jogo em que fez... 29 remates. Ontem, Fernando Santos recordou-o várias vezes para apontar o que a Seleção Nacional deve evitar repetir hoje, no Estádio Olímpico de Baku. “Foi um jogo muito difícil. O Azerbaijão defende bem e coloca muita gente atrás da linha da bola. Marcámos num autogolo, pois na realidade contra 10 atrás da linha da bola é difícil. Nos outros jogos que vi também foram fortes no processo defensivo, mas sem tanta gente atrás. Estamos preparados para ambas as situações. Nos jogos oficiais nunca perde por mais do que um golo de diferença, é uma equipa bem organizada e não se esconde no processo defensivo. E, do que analisei, o jogo em que teve mais dificuldad­es em agredir o adversário foi contra Portugal. Encontrare­mos o caminho para fazer o golo. Temos de ser muito fortes nos dois momentos do jogo, pois o Azerbaijão é capaz de criar dificuldad­es nos dois lados. Temos de pressionar nos momentos certos e estar bem na reação à perda, isso é fundamenta­l”, lembrou Fernando Santos, em conferênci­a de imprensa em Baku. O selecionad­or reforçou que o jogo de hoje assume um caráter decisivo e garantiu que há um cenário que não lhe passa pela cabeça. “Perder pontos em Baku nem se coloca. Este apuramento será disputado até às últimas jornadas, independen­temente do que acontecer. São quatro finais que faltam para as duas equipas que se apresentam como candidatas. Jogo decisivo será no confronto entre as duas. Já nos aconteceu no passado, no apuramento para o Mundial’2018, e conhecemos essa situação. É uma final, temos de encarar os quatro jogos que faltam como finais”, reforçou o técnico de 66 anos.

Consistênc­ia perdida Fernando Santos voltou a falar sobre a série negativa de nove golos sofridos nos últimos cinco jogos e como o ciclo tem de ser interrompi­do já hoje diante do Azerbaijão. “Esta equipa sempre jogou bem, sempre foi consistent­e e dificilmen­te sofria golos. Tudo é coletivo, não há sectores. É verdade que nos últimos tempos não temos correspond­ido tão bem como antes, a espaços. Desta vez, contra o Qatar, não entrámos

“MARCÁMOS NUM AUTOGOLO, POIS NA REALIDADE CONTRA 10 JOGADORES ATRÁS DA LINHA DA BOLA É DIFÍCIL”

“SÃO QUATRO FINAIS QUE FALTAM PARA AS DUAS EQUIPAS QUE SE APRESENTAM COMO CANDIDATAS”

“ESTA EQUIPA SEMPRE FOI CONSISTENT­E E DIFICILMEN­TE SOFRIA GOLOS. TUDO É COLETIVO, NÃO HÁ SECTORES”

bem e tivemos muitas perdas de bola que deram contra-ataque. Depois acertámos melhor. Para quem quer mandar no jogo, não podemos deixar o adversário acreditar que pode atacar e reagir à perda da bola. Sempre fomos muito seguros nesse aspeto”, lembrou o selecionad­or. E no plano ofensivo também há um obstáculo: “O Azerbaijão nunca perde por mais de um golo de diferença e espero que amanhã [hoje] seja diferente”, atirou Fernando Santos.

*

 ??  ??
 ??  ?? FERNANDO SANTOS
FERNANDO SANTOS
 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal