HINO AO FUTEBOL COM DEDO DO VAR
Vizelateveumgolo anulado (83’) por um centímetro e sofreu o empate no último minuto
O estupendo e entusiasmante desenrolar que Gil Vicente e Vizela protagonizaram ontem em Barcelos teve direito a quase todos os predicados que um grande jogo de futebol merece, menos a um vencedor. Desfecho ingrato para a clarividência que os vizelenses demonstraram na grande maioria dos momentos perante um galo que nunca encontrou o posicionamento ideal para construir
FESTIVAL DE GOLOS FALHADOS REPARTIDOS E UM GALO A FAZER DAS TRIPAS CORAÇÃO PARA DILUIR DESINSPIRAÇÃO COLETIVA
com critério, mas também nunca deixou de fazer das tripas coração para diluir tanta falta de inspiração colectiva.
Mal dividido pelas aldeias após uma partida de elevada intensidade e que, para além dos bis apontados por Marcos Paulo e por Fran Navarro, também ficou marcada por um repartido festival de golos cantados falhados, além de um golo anulado (83’) ao maliano Zohi por um mísero centímetro.
Decisão com uma dimensão polémica que promete fazer correr muita tinta e que permitiria ao Vizela salvaguardar uma vantagem de dois golos à entrada da reta final, mas que é compatível com as regras estabelecidas, além de que acabou por não ter influência na postura positiva que os dois emblemas assumiram até ao último suspiro. Remar contra a maré é como se pode resumir o desempenho feliz do Gil Vicente frente à alma e acutilância que o Vizela colocou em prática. Acabaram por ser mais felizes os gilistas, quer pela forma como Fran Navarro sentenciou o resultado ao minuto 90, quer pela crucial defesa com que o estreante Brian Araújo travou o remate certeiro do debutante Tomás Silva no último dos cinco minutos de descontos. *
Clarividência na construção e veia goleadora do capitão MARCOS PAULO carregaram a vocação ofensiva vizelense.