PÂNICO POR ROCHINHA
Vitória ficou reduzido a 10 logo no início e a nove ameia hora do fim, mas foi sempremaisequipa
‘First things first’ é uma expressão inglesa que serve para nos relembrar que as coisas mais importantes devem ser ditas ou feitas em primeiro lugar. Por isso, comecemos esta crónica com uma palavra para Rochinha, que pregou um susto daqueles a quem assistia a um jogo que, por momentos, deixou de ser importante. Está bem e com saúde, como se quer. Depois, que belo pedaço de
BELENENSES SEM ARMAS PARA TOMAR DE ASSALTO UM CASTELO FERIDO MAS QUE CONTOU COM A FORÇA EXTRA DAS BANCADAS
equipa está Pepa a montar em Guimarães. Competência, organização e capacidade de sofrimento acima da média. Só assim se explica a forma como o Vitória aguentou jogar (e ser superior) com 10 desde o minuto 10 e com nove a partir dos 59’. Isto num jogo que foi até aos... 115 minutos. É obra (de Pepa) e também demérito de um Belenenses SAD que parece ficar aquém quando se exige mais do que simplesmente defender.
Alfa Semedo foi o primeiro a deixar a equipa da casa em maus lençóis, depois de uma expulsão em que ficam dúvidas se de facto tocou em Safira. O que é certo é que o Vitória não acusou muito o golpe e, depois de uma boa oportunidade de Tomás Ribeiro, foi Estupiñán a criar a principal ocasião de golo da primeira metade. Na etapa complementar, o Belenenses SAD continuou atado de ideias e nem a expulsão de Borevkovic deixou os azuis mais confortáveis. Tiveram bola, remates e cantos, mas a situação pareceu sempre controlada pelos minhotos. E sem nunca deixar de tentar atacar, empurrados por mais de 10 mil adeptos. A cereja no topo do bolo ficou a centímetros, com Sacko a obrigar Luiz Felipe a uma grande defesa já nos descontos. *
A exibição de SACKO foi o exemplo mais fiel de uma equipa solidária e que soube sofrer sem deixar de ser ambiciosa. Quase marcou.