Uma ambição justificada

Jorge Jesus assumiu o que muitos já tinham percebido: tem um plantel fortíssimo, que lhe permite trocar cinco jogadores na equipa inicial de um momento para o outro e manter o mesmo ritmo de jogo. Assenta na abundância de talento a poderosa mensagem de ambição transmitida no lançamento do jogo em Kiev. Segundo o técnico é para ganhar. Ao mesmo tempo que garante que também frente a Barcelona e Bayern Munique a equipa encarnada tem todas as condições para vencer. Destemido, exagera apenas quando compara a equipa ucraniana aos dois gigantes europeus. Um excesso de simpatia, que se compreende se dito para motivar os jogadores e não para se ler de forma literal.

Jesus tem de agradecer a Vieira e Rui Costa os maiores investimentos da história do Benfica. As equipas mais caras em mais de 100 anos de história. E sabe que é quase impossível que as coisas corram tão mal como a época passada. A ambição é legítima e justificada. Quem viu o último clássico e olhou, por exemplo, para o banco à disposição de Rúben Amorim percebe facilmente a diferença de projetos. E as armas à disposição de um e outro.

Parabéns ao Estoril. Um segundo lugar que demonstra o bom trabalho que ali vai sendo feito.