À COLCHONERO
JOGO MAIS MEMORÁVEL
Final da Taça do Rei de 1991/92, com o Real, no Santiago Bernabéu. Marquei um dos golos de uma vitória por 2-0. A nível de felicidade extrema, do que senti cá dentro, coloco-o lado a lado com a final de Viena. Ali já estava no meu sangue, já não era só um profissional, o meu sangue já era vermelho e branco.
MELHOR JOGADOR
Schuster, o melhor 8 da história. Podia meter a bola a 40/50 metros sem balanço. Ajudou-me a enfrentar a pressão e entendíamo-nos perfeitamente. Para onde eu apontava, ele metia a bola, direitinha.
TREINADOR MAIS MARCANTE
Luis Aragonés. Um autêntico génio, tremendo. Entrava-me pelo quarto a dentro às 9h da manhã com histórias que me punham louco para o jogo à noite. Uma vez, em 2010, perguntei-lhe porque fazia isso, porque não me deixava descansar mais, é que eu nunca mais dormia! E ele disse: “Queria pôr-te a jogar 12 horas antes do jogo.”
PRESIDENTE
Gil y Gil também era um génio, um personagem único, que não conhecia nada de futebol quando ganhou as eleições em 1987. Tinha coisas muito boas, só tinha um defeito: não tinha paciência. Sem dúvida que fez crescer o Atlético, numa altura em que tinhas a ‘Quinta del Buitre’ no Real e o ‘Dream Team’ em Barcelona.
ADEPTOS
O colchonero fica chateado quando perde, como todos, mas é diferente. Imagina que há um jogo no sábado que corre mal e depois do jogo, no dia seguinte, no outro, são dias duros, em que massacram o Simeone. Duros! Mas na 3ª feira ou 4ª já não. No domingo é treinador, mas na terça-feira é ídolo, herói. E o colchonero sabe que uma lenda e um mito não se criticam.
CIDADE
Apaixonei-me por Madrid pela primavera. A cor, o clima, a alegria nas ruas, foi algo que adorei. Só o verão, em julho e agosto, é terrível, pelo calor. Aí preferia o Porto. Em Madrid não podia sair à rua, não podia, mas aí já tinha uma casa com um grande jardim para arejar.