A quem Rui Costa deve mais?
MANTENDO-SE A DINÂMICA DE VITÓRIAS E UMA NOVA FORMA DE LIDERAR, GERIR E COMUNICAR (MAIS ABERTA E TRANSPARENTE) NÃO SÓ COM O MERCADO MAS TAMBÉM COM OS ADEPTOS, NÃO É DIFÍCIL PREVER VITÓRIA EXPRESSIVA A 9 DE OUTUBRO
Após o abandono da corrida por parte de João Noronha Lopes e da contínua passividade do movimento de Braz Frade, tudo aparenta para que esteja criada uma auto-estrada aberta para Rui Costa (RC) com destino à presidência do clube da Luz. Com a deserção da oposição, consubstanciada não apenas nos dois factos e personagens acima assinalados mas até na forma como Rui Gomes da Silva se foi politicamente suicidando aos olhos dos benfiquistas, dizendo muitas vezes “as coisas certas da forma errada” (parafraseando o Prof. Manuel Sérgio), mantendo-se a dinâmica de vitórias em campo por parte da equipa de futebol comandada por Jorge Jesus e uma nova forma de liderar, gerir e comunicar de forma mais aberta e transparente não só com o mercado mas também com a massa adepta benfiquis- ta por parte da dupla Rui Costa/Rui Pedro Braz, nomeadamente ao que aos ‘negócios da bola’ diz respeito, não é difícil antecipar uma vitória expressi- va e esmagadora por parte de Rui Costa nas urnas no próximo dia 9 de Outubro.
Aquilo que parecia complicado nos primeiros dias
de presi- dência interina, o ‘Maestro’ e aqueles que o rodeiam souberam tornar fácil. Ainda assim e o facto de poder ficar sozinho na corrida eleitoral não menori- za a responsabilidade de Rui Costa perante não só os sócios do Benfica mas também do futebol português. Como escrevi nas últimas linhas do artigo da semana transacta, existem ain- da muitas perguntas que continuam sem respostas e satisfações em aberto por prestar que a apostasia da oposição não irá ajudar a clarificar ou esclarecer, até porque a auditoria alegada- mente em curso, não sendo uma auditoria forense rigorosa, credível e independente, nada de relevo nos irá trazer e “tudo ficará como dantes no quartel d’Abrantes”!
A máquina de comunicação do clube da Luz
(ou pelo menos alguns snipers em nome desta) já fez chegar aos órgãos de comunicação social que a actual composição dos órgãos sociais herdados da presidência e gestão de Luís Filipe Vieira serão para manter. Por mim nada contra, se os critérios inerentes à selecção dos membros com vista à composição dos futuros órgãos sociais do SLB (como de qualquer outra organização em Portugal), forem os da competência, honestidade, dedicação e lealdade. Contudo, esse sentimento de lealdade deverá ser antes de mais ao clube e não à pessoa ‘X’ ou ‘Y’, assim como não deverá ser nunca invertida a ordem de factores em que a fidelidade política, muitas vezes confundida com total subserviência e obediência cega, se sobrepõe aos demais critérios supra enunciados.
Percebo que Rui Costa sinta que deve a um conjunto de pessoas
que agora estão com ele não só nos órgãos sociais mas também na estrutura organizativa, administrativa e financeira da SAD (porque é aqui que o ‘sangue’ do dinheiro do Benfica corre e os problemas são potenciados) a concretização do seu sonho de ser presidente do Benfica, mas terá que ter a noção que deve muito mais ao próprio clube, à massa adepta benfiquista e ao futebol português. É o seu nome, a sua imagem e a sua honra que também estarão em jogo!
O ‘MAESTRO’ E OS QUE O RODEIAM SOUBERAM TORNAR FÁCIL O QUE PARECIA COMPLICADO