Record (Portugal)

O tamanho não é importante

- JORGE FAUSTINO ex-árbitro

çPoderia dedicar este artigo ao prolongame­nto da discussão do murro propositad­o ou murro

acidental. Não o vou fazer. É uma discussão que, neste momento, já pouco ou nada acrescenta ao nosso futebol. Vou falar de centímetro­s e sobre uma questão que me parece bem mais relevante para o nosso futebol. No jogo Gil Vicente-Vizela foi anulado um golo por fora-de-jogo que foi assinalado pelo árbitro assistente. Assim, num contexto de arbitragem sem VAR, o golo teria sido anulado e ponto final. Ora, como temos VAR e linhas virtuais, pudemos confirmar a boa decisão do assistente: o atacante estava mesmo em posição de fora-de-jogo, por um centímetro. E foi aí que começou a discussão falaciosa sobre o VAR anular golos por um centímetro quando este apenas ‘confirmou’ a decisão tomada em campo.

Normalment­e não sou grande defensor da arbitragem inglesa

(’inventam’ muito na interpreta­ção das Leis e os árbitros não são melhores do que os nossos), mas têm uma medida que considero excelente: as linhas virtuais surgem sem referência aos centímetro­s. E isso, como vimos este fim-de-semana, pode evitar muitas discussões. Um jogador está fora-de-jogo ou não está. O ‘tamanho’ do fora-de-jogo (em termos de centímetro­s) não é importante.

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