SALDO NEGATIVO FICA EM 33 MILHÕES
Resultado é o pior desde 2012/13, com Godinho Lopes. SAD justifica-se com a “crise mundial”
A SAD do Sporting fechou o exercício da época 2020/21 com saldo negativo de 33 milhões de euros – em concreto, o prejuízo foi de 32.955.721,57 euros – conforme informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Além de representar um contraste em relação ao período homólogo, de lucro de 12,5 milhões de euros em 2019/20, este resultado é o pior da sociedade desde os 43,8 milhões de euros negativos divulgados em 2012/13, pela administração de Godinho Lopes. Na mensagem assinada por Frederico Varandas, o Sporting sublinha que o saldo “é resultado direto de um contexto mundial de crise, com consequências na quebra das receitas de transação de jogadores e das receitas operacionais pela ausência de público nos estádios”. Decorrente da pandemia, a SAD aponta redução nas receitas de 20 milhões, em Gamebox não vendidas (5,6 M€) ou perdas em bilheteira (3,6 M€) e camarotes e publicidade (7,6 M€). Já o passivo aumentou no espaço de doze meses, de 298,6 M€ para 310,5 M€, sendo que no último trimestre subiu cerca de 8 M€.
PASSIVO FIXA-SE NOS 310,5 M€. LEÕES PRETENDEM REALIZAR “UM OU MAIS EMPRÉSTIMOS OBRIGACIONISTAS ATÉ 50 M€”
Tudo isto se reflete nos capitais próprios, negativos em mais de 41 milhões de euros, quando em 2020 não chegavam aos 10 M€ – mantém-se a falência técnica.
Empréstimo até 50 M€
Além do relatório divulgado – que não inclui as operações do último mercado – o Sporting convocou os acionistas para a AG da sociedade, a 6 de outubro, e manifestou intenção de realizar um ou mais empréstimos obrigacionistas até ao valor máximo global de 50 milhões de euros, com emissões até 30 de setembro de 2022. Recorde-se que a SAD terá de reembolsar o vigente empréstimo obrigacionista até novembro, através do qual garantiu 26 M€. Entre outros pontos, será deliberado o relatório de gestão e apreciada a política de remunerações. *