Goleada construída cedo
Os leões tiveram um regresso à Liga dos Campeões para esquecer. Uma entrada em falso no primeiro jogo da fase de grupos mas também na própria partida diante do Ajax. Aos nove minutos os holandeses já venciam por 2-0 e o Sporting nunca conseguiu entrar na disputa pelo resultado.
A equipa de Rúben Amorim entrou praticamente a perder,
demonstrando muitas fragilidades no momento defensivo algo que tem vindo a ser a grande vantagem
SPORTING REVELOU MUITA INSEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO COMO CONSEQUÊNCIA DAS LINHAS SUBIDAS DO AJAX
dos leões. Uma situação que pode ser explicada pela ausência da grande referência defensiva, Coates, e também pela falta de experiência de muitos jogadores neste contexto. Mesmo com os dois golos em poucos minutos, o conjunto orientado por Erik ten Hag não tirou o pé do acelerador e pressionou sempre de forma intensa e alta, obrigando o Sporting a esticar na frente sem critério. Muita insegurança e falta de confiança no momento da construção como consequência das linhas subidas dos holandeses [1].
A meio da 1ª parte, o Ajax concedeu bola
ao Sporting e baixou as linhas, de forma a explorar, depois, transições rápidas. O Sporting não contou com grandes soluções na fase de construção, sendo que o meio-campo com Palhinha e Matheus Nunes não participou de forma ativa, baixando para zonas mais laterais para receber e virar de frente para a baliza contrária [2]. Com o bloco a baixar e sem exercer uma pressão tão constante, os leões procuraram jogar de forma mais rápida e explorar o ataque à profundidade com Paulinho a aparecer bem nos espaços de finalização.
O Sporting falhou no plano estratégico,
seja a nível colectivo como individual. Muito espaço no corredor central com o meio-campo a não conseguir conter o jogo interior e ao mesmo tempo compensar a linha defensiva. Individualmente destaque para Antony e Haller: o extremo brasileiro pela forma como conseguiu desequilibrar o jogo no corredor direito através de situações de 1x1 contra Rúben Vinagre; e Haller pelo póquer com apenas cinco remates. Os leões nunca conseguiram travar o ataque dos holandeses, dado que as segundas linhas estiveram muito afastadas e não conseguiram dobrar a tempo, na sequência dos dribles inquietantes do extremo brasileiro [3].