“Penálti falhado? Não troco valores por sentimentos”
Quando saiu da China acaba no Portimonense. Como se deu esse processo?
JM – A vinda para Portugal foi a pensar na família. A minha esposa queria voltar. Tive propostas do México e da Turquia, mas os clubes pediam os exames médicos e davam para trás, tinham receio. Até que surge o Portimonense, por meio de um contacto na China. Quando o mercado estava para fechar, falei com o Folha, que me conhecia do Porto, e ele disse-me para vir, que se conseguisse jogar, tudo bem, e se não conseguisse, tratava-me até ser possível.
Na primeira época fez nove golos, mesmo em dificuldades. Superou as expectativas?
JM – Depois de dois anos sem jogar, foi a demonstração de dos não houve uma ligação forte. Isso acabou por jogar contra nós. Eu gostava do sistema de jogo, se calhar não conseguimos, todos como equipa, sincronizar bem o que o treinador queria.
Nessa época o Tribunal do Dragão fez-se ouvir. Essa pressão pesou?
JM – São adeptos exigentes e os adeptos exigentes são os que se habituam a ganhar. Num clube que se habitua a vencer, a exigência é máxima. Isso, na medida certa, é bom, porque mantém os jogadores ligados e a perceber que não podem vacilar.
Na época seguinte, o FC Porto não é campeão, mas faz um que a vontade supera tudo. Houve jogos em que, mesmo com aquele problema, fui dos que correu mais quilómetros. Isso demonstra o compromisso que tinha comigo, com o clube e com o futebol. Amo o que faço e tenho de o fazer sempre bem. Também tive a importante ajuda do Clayton, fisioterapeuta do Portimonense, que me ajudou em todo o processo.
Foi a verdadeira demonstração do que é o Jackson?
JM – Sem dúvida. Às vezes sentia-me mal, porque um jogador com aquela lesão não pode correr mais do que um miúdo de 22 ou 23 anos e sentia-me mal pelos jovens que queriam agarrar a grande oportunidade. Mas sempre quis dar o melhor, sempre fui assim. O resultado foi percurso europeu muito bom. JM – Sim. Se passávamos o