Record (Portugal)

“Na 1ª parte só fizemos cócegas”

Técnico dos dragões reconheceu falta de pragmatism­o durante a etapa inicial, mas elogiou o comportame­nto do coletivo, em particular na resposta à mensagem que passou ao intervalo

- PEDRO MALACÓ

Apesar do triunfo robusto ficou satisfeito com a prestação no 1º tempo?

– O compromiss­o esteve lá desde o início, mas foi preciso mudar alguma coisa ao intervalo porque não estávamos a fazer o que foi pedido. Era necessário mais velocidade e preencher espaços de outra maneira. Fizemos umas cócegas ao Moreirense no primeiro tempo, mas depois já foi de acordo com o que preparámos, porque não basta ser tecnicamen­te evoluído ou ter posse de bola. Tínhamos de ser mais agressivos no ritmo e não dar cinco ou seis toques na bola para variar o jogo. A equipa acabou por interpreta­r bem essa ideia.

– As três assistênci­as do Fábio Vieira complicam-lhe as contas para o regresso de Toni Martínez?

– Vem complicar as contas aos adversário­s. A mim não. Tinha uma estratégia para este jogo e agora o que eles mostrarem durante a semana é que vai definir quem jogará em Barcelos.

– Que leitura faz da celebração um pouco à margem do grupo do Wendel, Vitinha, Fábio Vieira e Otávio no 4º golo?

– Se calhar estavam mais fatigados e não foram até à bandeirola de canto, mas terça-feira [amanhã] vou-lhes perguntar, porque é uma situação que me intriga. Não há aqui um segundo grupo. É um grupo competitiv­o, e quero isso porque é saudável, mas também é unido. Às vezes até se dá bem de mais.

– No final do jogo com o Atlético de Madrid foi ter com o Fábio Vieira para lhe dizer que ia jogar com o Moreirense? E qual o papel que reserva para o Marcano após uma ausência tão prolongada?

– O Marcano fez um excelente jogo à imagem dos outros. É um profission­al ao nível do Pepe. Não me surpreende­u nada. Às vezes as coisas podem não correr bem ao Marcano como podem não correr bem ao treinador. Sobre o Fábio, achei que podia ser opção em Madrid. Esteve a aquecer, mas não entrou e no final fui falar com ele. Não lhe disse que ia jogar neste jogo, não faço isso, mas ao ir ter com ele percebeu que estou atento. Sabia que o Fábio podia estar triste e frustrado porque conheço-o muito bem. Alguns precisam de um grito, outros de uma dura e outros de uma palavra. O que fiz ao Fábio foi dar-lhe um mimo, nada mais do que isso. *

NA FLASH

“HOUVE COISAS QUE TIVEMOS DE FALAR AO INTERVALO, POIS SÓ TER BOLA DE UMA FORMA PASSIVA NÃO É A MINHA FORMA DE PENSAR O FUTEBOL”

“PRECISÁVAM­OS DE OUTRAS COISAS, SE NÃO FAZEMOS UMAS CÓCEGAS AO ADVERSÁRIO E ISSO NÃO CHEGA. A SEGUNDA PARTE FOI BEM CONSEGUIDA”

“CONFIO NO GRUPO E NOS JOGADORES QUE TENHO. JOGARAM ALGUNS QUE NÃO TINHAM TANTOS MINUTOS E DERAM UMA BOA RESPOSTA”

“[WENDELL] TEM TREINO NA 3ª FEIRA. SE JUSTIFICAR DURANTE A SEMANA PODERÁ JOGAR FRENTE AO GIL VICENTE. TEMOS AINDA O ZAIDU E O JOÃO MÁRIO”

“ACHEI QUE DEVÍAMOS TER O VITINHA PORQUE TEM CARACTERÍS­TICAS QUE ERAM IMPORTANTE­S PARA ESTE JOGO”

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