Efeitos secundários

Nas conferências de antevisão aos jogos de ontem, Sérgio Conceição e Rúben Amorim abordaram o impacto que os jogos europeus de FC Porto e Sporting teriam no regresso à terra do campeonato. Embalado com um empate em casa do Atlético de Madrid, o treinador portista deixou um aviso: não admitia quebras na atitude competitiva da equipa. Já o técnico leonino procurava deixar longe os fantasmas que se levantaram após a pancada sofrida com o Ajax, exigindo que a sua equipa mostrasse que é excelente. Ambos tiveram a resposta que queriam, embora com vitórias bem diferentes (na forma e no conteúdo).

Conceição injetou sangue novo no onze (quatro miúdos da formação a titulares) e conseguiu a melhor exibição da época, construída sobretudo numa segunda parte de grande nível. Amorim agarrou-se aos seus e teve a resposta que queria, num jogo que facilmente se poderia ter esfumado em nervos caso a equipa não tivesse mostrado maturidade para não ir abaixo após várias oportunidades flagrantes de golo desperdiçadas. Contas feitas, FC Porto e Sporting ultrapassaram os primeiros obstáculos pós-Champions. Hoje é dia de o Benfica entrar em campo e Jorge Jesus sabe bem que o perigo da tal quebra de adrenalina está à espreita. Todos os cuidados são poucos.