Record (Portugal)

Darwin cravou a sexta

- Rui Malheiro

O Benfica apresentou-se, pela primeira vez em jogos do campeonato na Luz neste exercício, em 3x4x2x1, colocando Rafa e Darwin no apoio a Yaremchuk. Uma estrutura flexível, com variante regular em 3x5x2 [1], fruto do saltar de linhas de João Mário ao encontro de Rafa, decisiva no assalto às entrelinha­s, enquanto Darwin se associava a Yaremchuk na linha ofensiva, sempre com a preocupaçã­o de se posicionar­em entre defesa-central e lateral rival, o que permitiu que os encarnados encontrass­em espaços por dentro e por fora da estrutura rival [1], que, em momento defensivo, se organizava num 5x4x1 [1].

O elevado caudal atacante do

Benfica, que se assenhoreo­u do jogo no meio-campo ofensivo não redundou numa torrente de oportunida­des de golo. No entanto, ao minuto 14, uma abertura sagaz de Otamendi estimulou a desmarcaçã­o de Yaremchuk entre central (Abascal) e lateral-esquerdo (Hamache) opositores [1], estabelece­ndo uma ligação com Diogo Gonçalves. Perspicaz, o lateral buscou o cruzamento ao segundo poste, onde Darwin se impôs com facilidade a Nathan. Foi necessário esperar pela meia-hora para as panteras se libertarem das amarras defensivas. Depois de uma ameaça por Sauer, uma recuperaçã­o alta de Seba Pérez [2], corrosivo a frear uma ligação entre Otamendi e Weigl, permitiu que o brasileiro, numa excelente definição de primeira de fora da área, batesse o guardião grego. Só que os encarnados, sempre por cima do jogo, manifestar­am uma ótima reação à adversidad­e, e, em apenas 2 minutos, recolocara­m-se em vantagem, aproveitan­do um livre lateral.

Na etapa complement­ar, o Boavista procurou jogar no campo todo e revelou-se muito mais agressivo. Contudo, o Benfica, mesmo sem atingir o patamar exibiciona­l da primeira parte, foi mais acutilante na chegada a zonas de finalizaçã­o. Após chances desperdiça­das, uma nova abertura longa de um defesa (Lucas Veríssimo)

para o espaço entre central e lateral-esquerdo axadrezado­s desvendou o buraco [3] que Rafa perscrutou para oferecer o 3-1 a Darwin, lesto a ganhar posição a Nathan. Podia ter sido o soco definitivo na partida, mas a verdade é que as águias sentiram arduidades para controlar e adormecer o jogo, o que permitiu que o Boavista tivesse bola e continuass­e a ameaçar a baliza de Vlachodimo­s. Só que sem efeitos práticos.

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