Excesso de futebol direto
Luís Pedro Sousa Foi uma vitória convincente do Benfica?
Foi uma vitória que não merece contestação, mas ainda não foi ontem que o Benfica convenceu, pelo menos para quem aguarda, face às potencialidades do plantel e ao vasto leque de opções disponível, por um futebol arrasador ou pelo menos perto disso.
Houve pouco fluidez no futebol do Benfica?
De um modo geral, sim. O jogo foi pouco trabalhado no miolo e o Benfica, talvez por ter dois homens na frente, abusou do futebol direto. Curiosamente, essa estratégia até começou por dar resultado. Antes do primeiro golo, já Yaremchuk se tinha soltado, por duas vezes, da marcação da defesa adversária, ficando com a possibilidade de servir Darwin em circunstâncias semelhantes, ou seja, na ‘cara do golo’.
Darwin agarrou definitivamente a titularidade?
Tem 4 golos nos dois últimos jogos da Liga, pelo que deverá manter a dupla com Yaremchuk. Com só mais um elemento entre a linha média e a avançada (Rafa), o futebol dos encarnados perde, no entanto, alguma consistência, o que, pelo menos neste momento, não é preocupante. Salvo o empate em Kiev, cujas consequências ainda estão por avaliar, o Benfica tem somado sucessos. Não há nota artística, mas há vitórias. Os resultados são factos, as exibições meros ‘argumentos’, que só ganham real importância quando as vitórias não aparecem.