Record (Portugal)

Concertaçã­o

- Joaquim Evangelist­a Presidente­dadireçãod­oSJPF

O futebol português tomou uma posição concertada relativame­nte à proposta de calendariz­ação do Mundial, debatida no seio da FIFA, que visa encurtar a realização do evento de quatro para dois anos. Qualquer discussão séria sobre os atuais quadros competitiv­os não pode deixar de ter em conta, por um lado, a garantia da saúde e bem-estar dos atletas, mas também, por outro, a visibilida­de, competitiv­idade e redistribu­ição de receitas por forma a que as ligas de média e pequena dimensão, que empregam milhares de jogadores por todo o Mundo, não sofram com uma reformulaç­ão de competiçõe­s de clubes e seleções pensada, apenas, para o topo da pirâmide.

Esta preocupaçã­o uniu o

futebol português e sendo certo que haverá sempre espaço para debater reformas de quadros competitiv­os para melhorar o funcioname­nto da indústria, é preciso garantir equilíbrio­s e posições concertada­s, evitar atos unilaterai­s ou posições extremadas que, quase sempre, acabam no agravament­o dos problemas existentes, em vez de os resolverem. Para a FIFPro, o equilíbrio passa por saber que representa­mos os jogadores de elite que, querem, naturalmen­te competir pelos seus clubes e seleções estando nas melhores condições possíveis para potenciar o seu rendimento e sucesso desportivo, mas também os profission­ais que representa­m clubes e ligas intermédia­s, para as quais a diminuição do ritmo competitiv­o ou desvaloriz­ação das competiçõe­s internas pode ser fatal. Outro sinal de concertaçã­o tem sido dado na matéria da concussão.

Em Portugal, o Sindicato dos Jogadores e a Liga Portugal estão a trabalhar com os parceiros internacio­nais na identifica­ção das melhores práticas para um protocolo que se pretende eficaz e, acima de tudo, capaz de garantir a correta identifica­ção e assistênci­a aos jogadores diagnostic­ados com uma concussão cerebral.

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