“Não há ganhos nem perdas financeiras”
Convidado por Record a ‘desembrulhar’ os dados conhecidos destes negócios com jovens jogadores, entre o
FC Porto e o V. Guimarães, o Professor do Departamento de Economia da Universidade do Minho, Paulo Reis Mourão, notou: “Dá a entender que há uma troca ao jeito de ‘toma lá dá cá’, em que não há ganhos nem perdas financeiras, quer de um lado, quer do outro. Também mostra que há uma relação estratégica entre as sociedades. Creio que estes negócios podem ser assim interpretados.” Segundo o especialista em economia do desporto há também um certo risco, porque “é mais fácil haver uma aposta clara, forte, num futebolista que está numa fase de consagração, do que propriamente naquele que se apresenta em início de carreira”. Paulo Reis Mourão explicou ainda que “os jovens que transitam dos juniores para as equipas seniores têm uma contabilização diferente” nas contas. “A própria evolução do valor de mercado, a menos que haja uma atualização contratual, o que pode sempre acontecer, está condicionada. Por outro lado, transitando para outro clube têm uma valorização mais condizente com o valor de mercado”. No entanto, prossegue Paulo Reis Mourão, “em termos contabilísticos não se verifica um aumento do ativo, mas há uma melhoria dos fluxos monetários”.
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