Record (Portugal)

O presidente anunciado

- Luís Pedro Sousa CHEFE DE REDAÇÃO

Rui Costa assumiu, por fim, a candidatur­a à presidênci­a do Benfica, confirmand­o aquilo que já se sabia desde a hora em que substituiu Luís Filipe Vieira. A frase “não quero ser o príncipe herdeiro”, proferida dias depois, em conversa amena num canal televisivo, serviu para desfazer dúvidas e, simultanea­mente, para começar a destrunfar potenciais rivais, pelo menos no argumento de que o posterior timing da marcação de eleições não permitia que a oposição se organizass­e.

A estratégia foi bem calculada e os resultados desportivo­s deram uma ajuda preciosa, também por mérito do presidente ‘interino’. O Benfica está na Liga dos Campeões, ao passar duas pré-eliminatór­ias, e conta por vitórias os jogos realizados no campeonato. Aliás, até 9 de outubro, dia em que os sócios vão às urnas, há pouco para correr mal. Os jogos em Guimarães e, em casa, com o Portimonen­se não devem colocar em causa a liderança isolada (são 4 pontos de avanço) e, na Champions, perante o pior Barcelona dos últimos anos, o Estádio da Luz até pode testemunha­r uma verdadeira proeza. A história das eleições está contada por antecipaçã­o. Só falta saber se aparecerá um adversário para golear.

FC Porto e V. Guimarães trocaram jogadores da equipa B por 15 milhões de euros. É a criativida­de a provar que a matemática não é uma ciência assim tão exata.

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