SANTA MATURIDADE NA PRESSÃO DO RIO
Agilidade vila-condense na reação à adversidade, mas com ansiedade em superioridade numérica
Não foi por falta de ocasiões flagrantes que Rio Ave e Santa Clara empataram na 1ª jornada da fase de grupos da Allianz Cup e o volume do resultado final até já dá um cheirinho da postura aberta que as duas equipas apresentaram, mas o futebol vive de eficácia e na hora ‘H’ ninguém fez a diferença.
Ponto de equilíbrio, ainda assim, a penalizar mais a verticalidade que o Rio Ave patenteou desde o arranque, pese embora os comprometedores erros defensivos, bem como a falta de mordacidade nos mais de 20 minutos em superioridade numérica por força da expulsão do açoriano Rafael Ramos. Pólvora seca perante um Santa Clara que aqui e ali pareceu um pouco desligado, mas nos vários momentos de dinâmica mostrou ser bem mais pragmático no desenho das situações de ataque. Maturidade reforçada com um critério de arbitragem discutível, mas também com dividendos escassos, dada a falta de clarividência de Lincoln no penálti que o médio não conseguiu converter ao minuto 72, já com os açorianos reduzidos a 10 unidades.
Até lá deu gosto ver a coragem de um Rio Ave que não esmoreceu nem com o penálti convertido por Luiz Phellype, a castigar um eventual desvio com o braço de Aziz, nem acusou o
AÇORIANOS DESPERDIÇARAM UM PENÁLTI (72’) POR LINCOLN, JÁ QUANDO JOGAVAM EM INFERIORIDADE NUMÉRICA
peso anímico de estar a perder ao intervalo.
Postura de pressão suficiente para encostar o Santa Clara às cordas e diluir o marcador, mas também de ansiedade nas diversas ocasiões desperdiçadas para consumar a cambalhota.
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