“Vitória não teve qualquer hipótese”
Treinador elogiou desempenho dos encarnados na etapa inicial e explicou que o terceiro golo levou-o a fazer alterações na equipa, já a pensar na partida com o Barcelona, para a Liga dos Campeões
– O Benfica realizou uma primeira parte de grande qualidade, com muita bola, criatividade individual e colectiva. Só marcámos dois golos, mas o Vitória não teve qualquer hipótese. Chegámos ao final da primeira parte e sentimos que podíamos e devíamos ter feito mais golos. Jogámos muito na etapa inicial. Após o descanso, o jogo ficou mais dividido, porque o Benfica não esteve tão bem posicionado. O penálti deu alguma esperança ao adversário de regressar ao resultado, ainda que depois do 3-0 tenha começado a pensar nas substituições para não ter os jogadores tão fatigados na Liga dos Campeões. É verdade que as alterações não mostraram a mesma intensidade que pretendia, mas deu para o que queríamos.
– Que comentário lhe merece este arranque de época? A equipa está preparada para os reflexos de um eventual resultado menos bom ?
– Estamos preparados para as vitórias e é mais fácil conviver com triunfos do que com derrotas, além de que não podemos trabalhar a pensar na negativa. Em primeiro lugar, pela qualidade dos jogadores, em segundo, pela qualidade do trabalho que temos desenvolvido. Estamos sujeitos a perder e isso vai-nos afetar, evidentemente, mas uma equipa que tem consciência do que vale sabe conviver com estas situações. O treinador sabe porque está mais do que habituado e eles também.
– A ausência do Gilberto está relacionada com a estratégia para o jogo com o Barcelona?
– Um pouco. Não fiz a equipa com o desafio de quarta-feira em mente, só pensei nisso depois do 3-0, mas também é verdade que tinha o André Almeida e o Gil Dias aptos para qualquer daquelas posições. Pensei se colocava um deles e fui mais pela lógica, uma vez que o André esteve muito tempo parado e tive medo que tivesse dificuldades de entrar na intensidade de jogo.
– O Pizzi vai ter um papel diferente esta época?
– O problema do Pizzi é o de todos
Tenho a satisfação de dispor de duas soluções para cada lugar e poder tomar decisões sem perder intensidade. Os jogadores que não querem competitividade têm de jogar naquelas equipas que jogam sempre os mesmos.
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Como é que analisa o desempenho da equipa?