Cangurus e bem-estar digital
çNa antevisão ao jogo com o Gil Vicente, que o FCP acabaria por vencer por 2-1, Sérgio Conceição refletiu sobre a importância de fazer crescer os jogadores jovens dentro e fora do campo. Afirmou não ser fácil “incutir-lhes o que é o mais importante para eles, porque hoje o jogador jovem é um bocadinho menos focado do que era há uns anos”.
Atualmente, para além dos distratores internos
(pensamentos, emoções) e externos (público, árbitros, adversários), é preciso atender ao impacto dos social media na performance desportiva.
Se é verdade que os social media são hoje
indispensáveis para desenvolver uma marca, as partilhas de histórias, reflexões e experiências pessoais e profissionais podem acarretar múltiplos perigos. Na Austrália já foram mesmo criadas guidelines e princípios comportamentais pela AIS, direcionados a atletas, treinadores e dirigentes, com vista a uma gestão desta dimensão de forma mais segura e saudável.
No desporto, a fronteira entre trabalho,
trabalho voluntário, e vida social pode muitas vezes ser confusa, sendo essencial que os seus agentes tenham uma noção clara de como podem usar estas ferramentas. A saúde psicológica e o bem-estar digital exigem treino comportamental específico para lidar com as críticas, o cyberbullying, o assédio, as partilhas e respostas precipitadas, os conteúdos com teor socialmente fraturante, ou a dificuldade em dosear o tempo despendido nestas plataformas. Um psicólogo pode ajudar.
A SAÚDE PSICOLÓGICA E O BEM-ESTAR DIGITAL EXIGEM TREINO COMPORTAMENTAL