Record (Portugal)

“Vamos explicar todas as operações de mercado”

Candidato que não sonhou ser presidente promete transparên­cia e fazer crescer o Benfica

- PEDRO MALACÓ

Rui Costa apareceu ontem na Casa do Benfica de Paredes insistindo na ideia de transparên­cia no futebol das águias. “Os adeptos têm de ter explicaçõe­s de todas as operações. É a minha premissa: dar tranquilid­ade e também cumprir com a democracia inerente ao clube. Por isso, quero clarificar sempre as ideias e a gestão com rigor. Quero que os adeptos saibam o porquê das nossas decisões. Por isso, em todas as janelas de mercado, vamos dar uma explicação

de todas as operações, porque vendemos e porque comprámos”, garantiu o candidato às eleições de 9 de outubro, numa altura em que Luís Filipe Vieira está a ser investigad­o por um alegado esquema de fraude com comissões-fantasma em transferên­cias de jogadores que terão lesado a SAD. O ex-presidente é arguido na operação ‘Cartão Vermelho’. O presidente demissioná­rio, de 49 anos, diz querer “ter um papel claro” em tudo e abordou a candidatur­a com emoção. “Ninguém vai poder tocar na minha honra. Não me apoderei de nada. Cheguei-me à frente. Foi um momento muito difícil para mim e para a minha família. Fui ter com o meu pai e disse-lhe: ‘Se calhar vou ter de candidatar-me’. Ele disse-me: ‘Tens os meus 50 votos’”, revelou, aos benfiquist­as presentes.

Ser presidente, para Rui Costa, “não é um sonho de criança”. “É, sim, uma ambição presente de fazer crescer o Benfica. Sou ex-jogador, talvez não tenha os atributos que se falam por aí, mas se há coisa que demonstrei na minha carreira foi a minha paixão pelo clube”, deixou claro. O antigo jogador garantiu que na Luz “ninguém é obrigado a ganhar mas é obrigado a fazer tudo para isso”. “Hoje a palavra mais dita em Portugal é ‘38’ [n.d.r. número de campeonato­s que o Benfica procura] e é isto que tem de estar presente nas nossas mentes”, referiu. Rui Costa voltou também a prometer luta contra o cartão do adepto e projeta um “papel social mais importante” à Fundação Benfica. “Sei a realidade do país mas temos de ajudar na medida do possível”, vincou.

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ATRASO. Rui Costa não chegou à hora prometida a Paredes, pediu desculpa e foi aplaudido

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