BELGAS LANÇARAM BIS DE ALAPHILIPPE
Francês revalida título mundial, após ataque a 17 km da meta. Seleção da casa fora do pódio
Um Mundial à medida dos belgas e o público, de uma das regiões que mais vive o ciclismo, não faltou. Estava tudo preparado para a festa caseira, mas a 17 quilómetros da meta Julian Alaphilippe trocou as voltas. O francês, de 29 anos, deu um recital na Flandres, para revalidar o título de campeão do Mundo, depois de um fulminante ataque, que deixou pregado à estrada os belgas, que até aí tinham controlado a corrida, com destaque para o enormissímo trabalho
LUSOS FORA DAS DECISÕES. RUI OLIVEIRA FOI O MELHOR, 39º; SEGUIDO DE JOÃO ALMEIDA, 47º, E NELSON OLIVEIRA, 55º
de Remco Evenepoel, a ser ele um dos causadores de muitos, entre eles os portugueses, não terem estado na discussão dos primeiros lugares. O jovem acabaria em 62º, a mais de sete minutos... Quando o ciclista da Deceuninck-Quick Step ‘encostou’, a Bélgica ainda tinha Wout van Aert, a principal aposta, e Jasper Stuyven. Mas tanto um como o outro desvalorizaram ou foram incapazes de responder a Alaphilippe, que foi pedalando sozinho, aumentando gradualmente a vantagem. E teve ‘ajuda’
extra. “Os fãs e seguidores do Wout van Aert pediam-me para parar e isso deu-me ainda mais motivação”. Isto, mas também o seu descendente. “É horrível e duro mentalmente ir na frente e saber que o resto dos candidatos estão a perseguir, mas procurei manter-me calmo e pensar no meu filho, Nino”, disse. De regresso aos belgas, resta dizer que não conseguiram mesmo qualquer lugar no pódio, que ficou para o holandês Dylan van Baarle e o dinamarquês Michael Valgreen, respetivamente segundo e terceiro, a 32 segundos. Wout van Aert foi 11º, com Stuyven a ser o melhor belga (4º). Entre os portugueses, Rui Oliveira foi o melhor em 39º, seguido de João Almeida (47º) e Nelson Oliveira (55º). André Carvalho e Rafael Reis não terminaram.
*