O passivo do Sporting
Foi recentemente noticiado que os bancos credores do Sporting, iriam vender a desconto os seus créditos sobre a SAD, incluindo os famosos VMOC.
O Sporting está aqui numa posição ingrata,
de expectativa, porque, segundo as regras agora praticadas na banca, os créditos não podem ser negociados diretamente com o devedor. Por outras palavras, será sempre um terceiro, se aparecer, a comprar. Resta saber se a banca cumpre o direito de preferência que, segundo se noticia, reconheceu ao Sporting, num cenário de alienação dos VMOC. Esta situação, contudo, não é necessariamente adversa.
Em primeiro lugar porque, na prática,
retira dos bancos a negociação do passivo do clube, sendo certo que as turbulências resultantes da resolução do BES tinham trazido entropias a essa indispensável definição. Em segundo lugar, porque qualquer adquirente dos créditos, naturalmente, quererá definir com o Sporting regras claras de reembolso. Tudo isto sem perder de vista a delicadeza do caso dos VMOC, com aquela espada de Dâmocles que consiste em, caso sejam executados, alterarem a composição do capital social da SAD.
Esta direção venceu, com inegável mérito, a batalha
desportiva, quer no futebol profissional, quer na formação, quer nas modalidades, elevando o Sporting a patamares de que andava arredado. Tem agora pela frente um
SE FOREM EXECUTADOS, VMOC
DO CAPITAL SOCIAL DA SAD
desafio não menos importante, que é a batalha financeira, por forma a assegurar a sustentabilidade do clube e uma tesouraria gerível.
Tenho toda a confiança
que saberá estar à altura. Onde muitos vêm uma ameaça, eu vejo uma oportunidade.