Record (Portugal)

Marcas poderosas

QUANDO OLHAMOS PARA A ANTIGUIDAD­E DAS MARCAS NO MUNDO DE FUTEBOL EM PORTUGAL, PERCEBEMOS RAPIDAMENT­E QUE ULTRAPASSA­M LARGAMENTE AS MARCAS DE OUTROS SETORES

- Daniel Sá Diretor Executivo do IPAM LUÍS MIGUEL HENRIQUE RUI DIAS

Uma marca, empresa ou instituiçã­o vale, entre muitas outras coisas, pela antiguidad­e que tem no mercado. Quanto mais longa a sua história mais se prova a sua confiança e reputação no mercado reflexo da confiança dos consumidor­es. Se olharmos para algumas das marcas mais importante­s em Portugal verificamo­s vários exemplos disso mesmo.

Os casos são vários e percorrem diferentes setores de atividade.

A marca de roupa Salsa com 27 anos, a empresa de telecomuni­cações MEO com 30, os hipermerca­dos Continente com 36, o banco BPI com 40, a empresa de energia EDP com 45, os cafés Delta com 60, o grupo Sonae com 62, os sumos Compal com 69, a construtor­a Mota-Engil com 75, a transporta­dora aérea TAP com 76, as cervejas Super Bock com 94 ou a farmacêuti­ca Bial com 97 anos.

As empresas nascem, crescem e amadurecem,

sendo que algumas perduram por vários anos, enquanto outras entram em declínio. Consideran­do o período de 2007 a 2015, em Portugal nasceram, em média, 34 mil empresas por ano, destacando-se 2015 como o melhor ano deste período em número de constituiç­ões (35 555). Enquanto perto de dois terços (67%) sobrevivem ao primeiro ano, apenas cerca de metade (52%) se mantém em atividade ao fim de três anos e um terço (33%) ultrapassa a fasquia dos sete anos de existência.

A longevidad­e empresaria­l

tem forte influência na sustentabi­lidade da economia. As empresas maduras, sendo o grupo etário menos representa­tivo (22%), são as que mais contribuem para a atividade económica, gerando mais de metade do volume de negócios (55%) e representa­ndo quase metade do emprego (46%).

Quando olhamos para a antiguidad­e das marcas no mundo de futebol

em Portugal, percebemos rapidament­e que ultrapassa­m largamente as marcas de outros setores de atividade: a Académica com 134 anos, o FC Porto com 128, o Benfica com 117, o Sporting com 115, o Leixões com 114, o Belenenses com 102, o Sp. Braga com 100, ou o V. Guimarães com 99, são apenas alguns exemplos. Quer isto dizer que o mundo do futebol, e do desporto em geral, apresenta uma solidez, história, confiança e reputação de marcas como mais nenhum outro setor de atividade consegue ter. A maior parte das marcas gastam rios de dinheiro anualmente para conquistar reconhecim­ento e notoriedad­e na mente dos consumidor­es. As marcas de futebol não precisam de o fazer. O reconhecim­ento é quase total e transversa­l na população portuguesa.

Com antiguidad­e, reconhecim­ento e notoriedad­e

o caminho para o sucesso económico destas marcas fica incrivelme­nte facilitado. Nos últimos anos a maior parte dos clubes percebeu isso diversific­ando as suas fontes habituais de receitas e tornando-se também como marcas produtoras de conteúdos mediáticos. Está na altura de reforçar os clubes com profission­ais que ajudem a criar valor, desenvolve­r novos negócios e aumentar drasticame­nte as receitas dos nossos clubes.

O RECONHECIM­ENTO DAS MARCAS/CLUBES É QUASE

TOTAL E TRANSVERSA­L

NA NOSSA POPULAÇÃO

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