Marcas poderosas
QUANDO OLHAMOS PARA A ANTIGUIDADE DAS MARCAS NO MUNDO DE FUTEBOL EM PORTUGAL, PERCEBEMOS RAPIDAMENTE QUE ULTRAPASSAM LARGAMENTE AS MARCAS DE OUTROS SETORES
Uma marca, empresa ou instituição vale, entre muitas outras coisas, pela antiguidade que tem no mercado. Quanto mais longa a sua história mais se prova a sua confiança e reputação no mercado reflexo da confiança dos consumidores. Se olharmos para algumas das marcas mais importantes em Portugal verificamos vários exemplos disso mesmo.
Os casos são vários e percorrem diferentes setores de atividade.
A marca de roupa Salsa com 27 anos, a empresa de telecomunicações MEO com 30, os hipermercados Continente com 36, o banco BPI com 40, a empresa de energia EDP com 45, os cafés Delta com 60, o grupo Sonae com 62, os sumos Compal com 69, a construtora Mota-Engil com 75, a transportadora aérea TAP com 76, as cervejas Super Bock com 94 ou a farmacêutica Bial com 97 anos.
As empresas nascem, crescem e amadurecem,
sendo que algumas perduram por vários anos, enquanto outras entram em declínio. Considerando o período de 2007 a 2015, em Portugal nasceram, em média, 34 mil empresas por ano, destacando-se 2015 como o melhor ano deste período em número de constituições (35 555). Enquanto perto de dois terços (67%) sobrevivem ao primeiro ano, apenas cerca de metade (52%) se mantém em atividade ao fim de três anos e um terço (33%) ultrapassa a fasquia dos sete anos de existência.
A longevidade empresarial
tem forte influência na sustentabilidade da economia. As empresas maduras, sendo o grupo etário menos representativo (22%), são as que mais contribuem para a atividade económica, gerando mais de metade do volume de negócios (55%) e representando quase metade do emprego (46%).
Quando olhamos para a antiguidade das marcas no mundo de futebol
em Portugal, percebemos rapidamente que ultrapassam largamente as marcas de outros setores de atividade: a Académica com 134 anos, o FC Porto com 128, o Benfica com 117, o Sporting com 115, o Leixões com 114, o Belenenses com 102, o Sp. Braga com 100, ou o V. Guimarães com 99, são apenas alguns exemplos. Quer isto dizer que o mundo do futebol, e do desporto em geral, apresenta uma solidez, história, confiança e reputação de marcas como mais nenhum outro setor de atividade consegue ter. A maior parte das marcas gastam rios de dinheiro anualmente para conquistar reconhecimento e notoriedade na mente dos consumidores. As marcas de futebol não precisam de o fazer. O reconhecimento é quase total e transversal na população portuguesa.
Com antiguidade, reconhecimento e notoriedade
o caminho para o sucesso económico destas marcas fica incrivelmente facilitado. Nos últimos anos a maior parte dos clubes percebeu isso diversificando as suas fontes habituais de receitas e tornando-se também como marcas produtoras de conteúdos mediáticos. Está na altura de reforçar os clubes com profissionais que ajudem a criar valor, desenvolver novos negócios e aumentar drasticamente as receitas dos nossos clubes.
O RECONHECIMENTO DAS MARCAS/CLUBES É QUASE
TOTAL E TRANSVERSAL
NA NOSSA POPULAÇÃO