Record (Portugal)

Benfica europeu

- Francisco Gomes da Silva

As águias receberam e venceram o Barcelona por 3-0 numa exibição categórica que fez recuar às grandes noites europeias do Benfica. Mesmo perante um adversário que passa por muitas dificuldad­es internas e a nível coletivo, isso não desvaloriz­a o excelente jogo dos encarnados que foram superiores e conseguira­m controlar a partida. Um Barcelona pós-Messi que ainda assim continua com individual­ida.des de muita qualidade.

A equipa de Jorge Jesus entrou muito bem nas duas partes.

Na primeira chegou ao golo logo aos três minutos, com Weigl a lançar Darwin na profundida­de. O uruguaio conseguiu tirar os adversário­s do caminho dentro da área e numa jogada individual abriu o marcador. Um lance que se repetiu ao longo do jogo com o Benfica a explorar muito bem o ataque de Darwin aos espaços nas costas da defesa blaugrana

[1]. Com o golo madrugador, o Barcelona assumiu a iniciativa

de jogo e empurrou o Benfica para trás, apesar de as águias terem apresentad­o em muitas situações um bloco compacto e médio-alto mesmo depois do golo marcado. Pressão alta e intensa ao portador da bola com capacidade para recuperare­m rapidament­e a posse e atacarem a profundida­de. Quando não existiam espaços, o Benfica baixava o ritmo da circulação e procurava soluções com mais critério, obrigando os catalães a abrirem espaços devido à pressão ineficaz e descoorden­ada. No momento sem bola foi visível o 5x2x3 dos encarnados com poucos espaços entre linhas e com o Barcelona a ter de jogar muito pelos corredores e através de cruzamento­s para Luuk de Jong para chegar à baliza do Benfica

[2]. No segundo tempo e com o maior risco que o Barcelona

assumiu na procura do empate, o Benfica ficou mais confortáve­l a defender num bloco baixo e a sair rapidament­e em transições rápidas. As melhores oportunida­des das águias surgiram de lances de ataque rápido com Darwin em grande destaque. Os três da frente apresentar­am-se com papéis bem distintos. Rafa mais na progressão com bola e com capacidade móvel para aparecer no espaço, Yaremchuk a baixar para oferecer apoios frontais e arrastar a marcação consigo e Darwin no ataque constante a zonas de finalizaçã­o. Uma fórmula de sucesso que o técnico português encontrou para potenciar o ataque encarnado e permitir ao Benfica criar constantem­ente situações de perigo para a baliza contrária

MELHORES OPORTUNIDA­DES DAS ÁGUIAS SURGIRAM DE LANCES DE ATAQUE RÁPIDO COM DARWIN EM DESTAQUE

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