Os ‘gigantes’ também se abatem
Era uma vez …. uma equipa que aterrorizava qualquer adversário. Era um clube que nem precisava do apoio financeiro de um qualquer sponsor nas camisolas. Era um clube que durante anos dominou as competições nacionais e internacionais, por vezes com auxílio de arbitragens polémicas, como a que os levou à final da Champions em 2008/09, eliminando o Chelsea de Hiddink. Era uma equipa onde jogavam Valdés, Daniel Alves, Puyol, Eto’o, Henry, Piqué, Messi, Xavi, Iniesta e Busquets, entre outros. E jogavam de olhos fechados. O poderio durou de 2009 a 14, com a conquista, entre outros, de dois Mundiais, três Ligas e duas Champions. Mas o declínio já começara e a Liga 11/12, perdida para o Real de Mourinho, foi o sinal.
Os custos dispararam, com uma gestão inadequada e sem cuidar do equilíbrio económico/financeiro; as estrelas desapareceram ou perderam ‘luminosidade’; a dívida atingiu números insustentáveis e o regresso a La Masia tornou-se inevitável. Messi, que ainda fazia esquecer alguns problemas, foi-se embora, e o Barça arrasta-se, como se viu diante de um Benfica que até lhe poderia ter infringido derrota mais vergonhosa. E, como sempre, adivinha-se já um responsável por tudo: Koeman. Como dizem os brasileiros: cadê os outros?
Três notas finais: o VAR, novamente a dar ideia de que por ali vai enorme confusão, com decisões díspares e erradas; a imagem de Messi a fazer de ‘crocodilo’, deitado no chão atrás da barreira, revelando disponibilidade e uma atitude humilde pouco vista em estrelas; a vitória, em Madrid, do Sheriff, reveladora de que o futebol está a mudar e que os ‘gigantes’ também se abatem.