Baltazar Pinto partilha sentimento de desencanto
Pelo segundo ano seguido, as contas e o orçamento do Sporting foram chumbados em assembleia geral. As consequências são mais formais do que práticas – porque as contas estão auditadas e porque a gestão pode ser feita em duodécimos – mas nem por isso o mal-estar a nível diretivo é menor. O pedido imediato de nova AG, anunciado ontem por Frederico Varandas, veio sublinhar o desencanto interno perante o afastamento da esmagadora maioria dos sócios das decisões relativas à gestão corrente do clube.
“Eu lamento o facto de os sócios do Sporting não participarem na vida do clube como deviam participar. Salvo nas eleições, não há uma mobilização para o exercício do voto. Vão apenas os poucos, e são cada vez menos, que se mobilizam, nomeadamente através das redes sociais. E bastam umas centenas para reprovar as contas e o orçamento”, disse ontem a Record Joaquim Baltazar Pinto, presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) dos leões, claramente “desencantado com a falta de participação.” “Não estava lá praticamente ninguém, e isso é lamentável, mais ainda com o clube a ganhar”, refere, a propósito da reconquista do título e do sucesso nas modalidades. “Não quero com isto criticar ninguém, é preciso que se note. Quem quer, obviamente, tem direito a ser oposição. Agora, todos os sócios têm de ser mobilizados e têm de se consciencializar de que não é só nas eleições que devem ir votar. Não se pode permitir que uma minoria prejudique a gestão do clube”, acrescenta o responsável pelo CFD.
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