A paciência de Varandas
Há uma facção de sportinguistas radiante por ter conseguido chumbar os relatórios e contas do Sporting, clube e não SAD, relativos a 2019/20 e 2020/21, inviabilizando ainda o orçamento para 2021/22. As redes sociais dos contestatários fervilham tanto de satisfação como de estertor ante opiniões discordantes. A agressividade latente faz temer pelo regresso de cenas como as agressões e ameaças a um vice-presidente um vogal da direção, em Alvalade, a poucas semanas da eclosão da Covid-19. O mérito da reconstrução do pós-Alcochete e o título de campeão nacional conquistado no futebol não podem tornar-seum salvo-conduto para que qualquer presidente se deslumbre, mas devem assegurar um mandato tranquilo para que a democracia se cumpra nas urnas. Afinal, se calhar a pandemia que esvaziou os estádios travou mesmo uma contestação que assim não pôde dar tiros nos pés da equipa na corrida até ao êxito. Agora, resta a Varandas ter paciência, cuidar para que assembleias importantes não ocorram a meio da semana, favorecendo a minoria ruidosa, e tirar as derradeiras teimas nas próximas eleições.
Sérgio Conceição decidiu, e bem, manter Diogo Costa na baliza frente ao P. Ferreira. O FC Porto tem de premiar o mérito mas não pode tornar-se uma trituradora de talentos.