Record (Portugal)

“Dei um tiro no escuro...”

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O futuro da canoagem portuguesa está acautelado, ou vive-se muito o presente? FP – Penso que não está a ser descurado o futuro. No Mundial de juniores e sub-23 Portugal teve uma excelente participaç­ão. Só nesse Mundial dá para ver que a canoagem portuguesa está no bom caminho. Mas o problema está na base. É fácil os mais novos abandonare­m a modalidade, seja ela qual for, por falta de incentivos. Não digo das federações, mas do sistema. Recordo-me que quando era júnior, os meus colegas espanhóis recebiam, em 2007, 750 euros por irem a um Europeu! E se conseguiss­em uma medalha tinham direito a um apoio mensal, como se fosse um Projeto Olímpico. Eu, inicialmen­te, dei um tiro no escuro, arrisquei tudo, deixei a universida­de, mas tive uns pais que me suportaram as despesas durante muito tempo.

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