Record (Portugal)

Estilos diferentes ou talvez não

- Alexandre Pais Ex-Diretor Record

FINALMENTE, PARECE SORRIR A PAULO SÉRGIO A PONTINHA DE SORTE QUE TANTO LHE TEM FALTADO

SÉRGIO CONCEIÇÃO CONTINUA A REVELAR IMATURIDAD­E EMOCIONAL E RÚBEN AMORIM FAZ COMENTÁRIO­S DESELEGANT­ES QUE PARECIAM NÃO CONSTAR DO SEU ADN

O futebol alegra-nos a vida com coisinhas destas: de repente, os gigantes abanaram. De uma assentada, PSG, Real Madrid, Bayern e Benfica, os dois últimos em casa, espalharam-se ao comprido, com as jornadas europeias do meio da semana a apresentar­em faturas porque os corpinhos não são de ferro. No caso da Luz, a boa notícia é que terão os dias contados as conferênci­as de imprensa de Jorge Jesus marcadas pelo equilíbrio e pela boa disposição, na realidade uma deceção para aqueles adeptos que se divertem tanto com o que se passa nos campos como fora deles.

Mas deixo hoje Jesus de parte

para me concentrar em Sérgio Conceição, que ao contrário de Rúben Amorim vive sobre brasas. À mínima contraried­ade explode e então se o problema for uma hecatombe futebolíst­i- ca não há quem o segure. Depois de ser ‘atropelado’ outra vez pelo mesmo Jurgen Klopp do ‘acidente’ de fevereiro de 2018, perdeu completame­nte as estribeira­s, acusando os jogadores de não seguirem as instruções – até os juniores fariam melhor, disse ele – e anunciando ir apresentar queixa dos me- ninos ao presidente, admite-se para que ele lhes desse tau-tau no rabinho. Claro que isso não sucedeu, ficou tudo como dantes, e os jogadores deram, frente ao Paços de Ferreira, a resposta positiva que deles se esperava, com ou sem desconside­rações públicas do treinador. Pura imaturidad­e emocional.

Escrevi ‘ao contrário de Rúben Amorim’,

mas começo a ter algumas dúvidas. As duas derrotas na Champions levantaram o véu sobre o que pode ser a ‘ou- tra’ personalid­ade do treinador leonino, não logo a seguir aos jo- gos – que aí continua muito estruturad­o – antes em comentá- rios gratuitos como os que fez sobre João Mário, claramente deselegant­es. Afinal, o médio regressa à Seleção com a subida de forma a que o conduziu Jorge Jesus, algo que não aconteceu quando era treinado por Rúben Amorim. Se calhar, é isso que lhe dói. E depois, aquela afirmação de que não vê as partidas dos rivais também não parece constar no seu ADN. Então, vê o quê? A segunda liga espanhola e o Campeonato de Portugal? Ai, ai...

E que dizer do Portimonen­se,

do seu quinto lugar europeu, diante do Sp. Braga e com a melhor defesa do campeonato, a par do Sporting – apenas quatro golos sofridos em oito confrontos? Terá a sorte, que tantas vezes tem faltado ao trabalho credenciad­o de Paulo Sérgio, começado finalmente a sorrir-lhe? Era tempo.

Defendo sempre os árbitros,

cujos erros me habituei a ver como parte integrante do jogo. Mas também não era preciso exagerar. É que andam por aí uns fulanos demasiado maus para a função. Dou dois simples exemplos. Um: em Arouca, para evitar o choque com o defesa, Arsénio desvia-se do adversário e estatela-se. Não simula, não reclama, nada. E vê o cartão amarelo... Dois: no Dragão, Taremi é tocado na área, em falta para penálti, vê o segundo amarelo por simulação e é expulso... Belos retratos da arbitragem portuguesa!

Parágrafo final para o histórico Mundial

bravamente conquistad­o pela Seleção de futsal e para a fantástica ponta final (?) da carreira do génio Ricardinho. Duplo chapeau!

 ?? ??
 ?? ??
 ?? ??
 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal